Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2015
O projeto do Facebook de construir e lançar um satélite para fornecer internet a regiões pobres do planeta não decolou. A rede social, afirmou o site “The Information”, decidiu abandonar o projeto por conta do custo envolvido: aproximadamente 1 bilhão de dólares.
Satélites, juntamente com balões e drones, eram opções da empresa para tentar garantir acesso à internet de populações carentes em diferentes regiões do globo. A ideia já havia sido discutida abertamente por Mark Zuckerberg no ano passado.
Se, no futuro, a empresa decidir apostar em satélites novamente, é provável que ela alugue o equipamento de terceiros, segundo o Information. A rede deverá apostar em parcerias com projetos de acesso já existentes.
O uso de equipamentos de alta altitude, como satélites, é apenas uma das iniciativas do Facebook para custear o acesso global à internet. Outra delas, o Internet.org, foi criticado após ser lançado no Brasil. Ele supostamente violaria direitos assegurados pelo Marco Civil como a privacidade, a liberdade de expressão e a neutralidade da rede.
No começo deste ano, o Google investiu na SpaceX, empresa privada de exploração espacial, quantia similar à economizada pelo Facebook. O objetivo também era a construção de satélites para o fornecimento de internet a regiões isoladas do planeta.
A imprensa norte-americana revelou que o protótipo do avião sem tripulantes movido a energia solar do Google caiu nos Estados Unidos pouco após decolar. Embora o acidente tenha acontecido há quase um mês, no início de maio, o caso só veio à tona após a entrevista de um porta-voz da Agência Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA. O avião perdeu altitude e se chocou com o solo próximo a uma pista particular na cidade de Albuquerque, no Estado do Novo México, conforme Keith Holloway. Ninguém se feriu.
O acidente representa um revés grave para os planos do Google de levar internet para regiões do planeta sem infraestrutura suficiente para cabos no solo. Os planos da gigante do setor são de construir uma versão maior do avião acidentado – chamado Solara 50 – que, movido a energia solar, sobrevoaria por um longo tempo determinadas áreas e transmitiria o sinal de acesso à rede, como se fosse uma espécie de satélite móvel.