Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2020
O Facebook anunciou, nesta quinta-feira (20), que pagará por áudios de seus usuários. O intuito da plataforma é utilizar as gravações para melhorar sua tecnologia de reconhecimento de fala.
Isso não é bem uma novidade: o Facebook, assim como a Amazon, a Apple, o Google e a Microsoft, já estava escutando e transcrevendo áudios que circulam em sua plataforma, o problema é que os donos das gravações não estavam cientes desse processo – e isso é crime.
Para formalizar o procedimento, o Facebook lança agora o programa Pronunciations em seu aplicativo Viewpoints, que promove pesquisas de mercado. Por lá, a plataforma solicitará que você grave a frase “Hey Portal” seguida do primeiro nome de alguém da sua lista de amigos.
Os conjuntos de gravações devem conter o nome de até 10 amigos que serão, necessariamente, gravados duas vezes cada. Os áudios com os 10 nomes valerão 200 pontos no Viewpoints, que permitirá um saque de US$ 5 (aproximadamente R$ 22 na conversão direta das moedas) via PayPal quando o usuário atingir 1.000 pontos.
A plataforma assegurou que as gravações fornecidas não serão ligadas ao perfil dos autores no Facebook. Além disso, a atividade dos usuários no Viewpoints não será compartilhada no Facebook ou em outras plataformas sem prévia permissão.
Por enquanto, o programa só está disponível para usuários norte-americanos com mais de 18 anos e, pelo menos, 75 amigos no Facebook.
Transferência de fotos e imagens
O Facebook também lançou um recurso que permite aos usuários transferirem fotos e vídeos para o Google Fotos. A ferramenta passa por testes na Irlanda desde dezembro do ano passado, mas, agora, passa a valer no mundo todo.
Segundo o Facebook, a decisão de permitir a portabilidade de imagens veio do feedback de interlocutores que explicaram quais dados deveriam ser portáteis e como eles esperavam que a segurança dessas transferências fosse garantida.
“Aprendemos nas nossas conversas com legisladores, reguladores, acadêmicos, especialistas e outros que casos e ferramentas reais ajudarão a avançar as discussões sobre políticas. É por isso que estamos desenvolvendo novos produtos que levam em consideração o feedback que recebemos e que contribuirão com o avanço de políticas de portabilidade de dados, fornecendo às pessoas e especialistas uma ferramenta para avaliar”, informou Steve Satterfield, diretor de Privacidade e Políticas Públicas do Facebook.
Segundo Satterfield, a intenção da plataforma é criar soluções práticas de portabilidade para que as pessoas utilizem os recursos de forma eficaz. Ainda assim, o diretor destacou ainda que existirão regras claras sobre quais tipos de dados poderão ser transferidos e quem será responsável por proteger esses conteúdos conforme eles circulam entre diferentes serviços.
“Mantivemos a privacidade e a segurança como prioridade, então todos os dados transferidos são criptografados e, antes que uma transferência seja iniciada, é solicitado às pessoas que digitem suas senhas”, explicou o diretor.