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Política As fake news que se espalharam após eleições e invasão em Brasília

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Um dos vídeos disseminados por mostra um homem de capacete vermelho quebrando vidraças de grande porte dizendo se tratar de um integrante do MST

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O custo do quebra-quebra causado pelos vândalos foi estimado em R$ 11,4 milhões. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Após os ataques contra o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), uma teoria falsa de que pessoas infiltradas seriam as responsáveis pelas cenas de violência e depredação em Brasília passou a circular em grupos de seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro no WhatsApp e Telegram.

Um dos vídeos disseminados mostra um homem de capacete vermelho quebrando vidraças de grande porte. As legendas dizem se tratar de um integrante do Movimento dos Sem Terra (MST) vandalizando prédios públicos em Brasília para colocar a culpa em apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas o vídeo é falso.

Segundo informações do site G1, ele foi publicado antes dos ataques de 8 de janeiro — além disso, “as paredes do prédio mostram inscrições em outros idiomas, a conta que publicou o vídeo no TikTok é chinesa e o vídeo (original) tem legenda e comentários em inglês”.

Perfis excluídos

Alguns perfis compartilharam esses e outros conteúdos relacionados às invasões em Brasília nas redes sociais. Da mesma maneira, após a invasão ao Capitólio, apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump divulgaram teorias de que infiltrados eram os responsáveis pela violência e pelos danos causados ao prédio em 6 de janeiro de 2021.

Segundo especialistas em grupos radicais e teorias da conspiração, esse fenômeno não é novidade. A transnacionalidade dos movimentos conspiratórios está cada vez mais comum, e elementos são emprestados de um país por outro com certa frequência, especialmente em contextos eleitorais.

“Movimentos conspiratórios têm uma dimensão internacional ou global em alguns casos. Por isso, não é surpreendente que as pessoas envolvidas estejam atentas ao que está acontecendo em outros países, especialmente quando se trata de questões semelhantes ou que são do interesse delas”, explica Anthony Lemieux, professor da Universidade do Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, e especialista em movimentos extremistas.

Teorias da conspiração

Joseph Uscinski, cientista político especializado na área, afirma ainda que o uso de teorias da conspiração ou narrativas falsas com fundo especulativo é bastante comum no universo eleitoral. “Costumo dizer que teorias da conspiração são para os perdedores”, diz o professor da Universidade de Miami. “Sempre houve quem tentasse usar acusações de fraude para reverter a derrota, mas isso está se tornando mais comum atualmente.”

Confira a seguir essa e outras fake news divulgadas no Brasil após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas e que se assemelham muito ao que circulou nos EUA desde a eleição de Joe Biden.

Infiltrados são responsáveis por cenas de violência

A ideia — falsa — de que os responsáveis pelas cenas de violência e depredação no Capitólio eram na verdade pessoas mal-intencionadas que se passaram por trumpistas começou a circular nas redes americanas logo após a invasão de 6 de janeiro de 2021. Apoiadores do ex-presidente republicano e até membros do partido compartilharam postagens que culpavam membros do movimento chamado “antifa” — abreviação de antifascismo — por se infiltrar entre os manifestantes de direita.

No Brasil, após a invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, o discurso que se espalha pelas redes bolsonaristas é bastante similar, com acusações contra infiltrados da esquerda e do MST. Assim como nos Estados Unidos, os disseminadores dessa teoria falsa usam fotos e prints de pessoas que participaram da invasão e as acusam de serem infiltrados.

Durante a diplomação de Lula em dezembro, o mesmo argumento foi usado por representantes da direita para explicar os casos de vandalismo.

Líderes mortos

Outra teoria amplamente divulgada nos Estados Unidos e que se assemelha a boatos falsos que circulam no Brasil é a de que o líder eleito estaria morto. Nos EUA, diversas teorias sobre a morte de Joe Biden foram disseminadas nas redes sociais e na internet.

No Brasil, após o anúncio do resultado das eleições em 2022, áudios e fotos que circulavam pelo WhatsApp e vídeos no Facebook alegaram que Lula teria morrido. As postagens sugeriam que ele havia falecido no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mas que seu corpo estaria sendo ocultado.

Trump e Bolsonaro no poder

Uma pesquisa publicada em junho de 2021, cerca de seis meses após o início do governo de Joe Biden, apontou que, naquele momento, três em cada dez republicanos acreditavam em uma teoria falsa que previa o retorno de Donald Trump ao poder até o início de 2022.

De forma similar, muitos eleitores de Jair Bolsonaro divulgam conteúdos nas redes sociais afirmando que seu candidato assumirá a Presidência do Brasil novamente e que as eleições de 2022 serão anuladas.

Diferentes teorias sobre esse tema circularam em vários momentos. Após a posse de Lula no início de janeiro, circularam mensagens alegando que o livro assinado pelo petista no Senado não era oficial e que a faixa usada pelo presidente na cerimônia foi fraudada — e que, por isso, a transferência de poder não era legítima.

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