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Política Fala de Mauro Cid sobre a trama golpista é “ficção”, diz novo advogado do general Braga Netto

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O criminalista pede ainda que Braga Netto seja ouvido pela Polícia Federal.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O criminalista pede ainda que Braga Netto seja ouvido pela Polícia Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um dia após assumir a defesa do general Walter Braga Netto, o advogado José Luís Oliveira Lima disse à CNN que a fala do tenente-coronel Mauro Cid sobre a participação do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe de estado é “ficção”.

O criminalista pede ainda que Braga Netto seja ouvido pela Polícia Federal (PF) para apresentar sua versão dos fatos. Em fevereiro, quando intimado, o general optou pelo silêncio.

“A fala de Cid é fantasiosa, mentirosa, uma ficção”, disse o criminalista nesta quinta-feira (19).

O advogado apontou ainda o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro mudou o seu depoimento ao ser ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 21 de novembro. O esclarecimento à Corte foi prestado após a PF indicar omissões e contradições nos depoimentos anteriores de Cid.

“Em março, ele prestou um depoimento, mas mudou a versão agora quando estava correndo o risco de perder a delação”, diz.

No novo depoimento, Mauro Cid revelou que Braga Netto entregou dinheiro em uma sacola de vinho para o então major Rafael Oliveira, integrante das Forças Especiais, para a execução pelos “kids pretos” do plano de tentativa de golpe de Estado. Disse ainda que o recurso havia vindo do “pessoal do agronegócio”.

A defesa do ex-ministro nega e diz que a reunião ocorrida na casa de Braga Netto foi apenas para que os militares pudessem dar um abraço no general. O advogado disse que Braga Netto nega ter tomado conhecimento do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que consistia na execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

O planejamento teria sido elaborado pelo general Mario Fernandes, que nega que o documento tenha sido entregue a alguém. O ex-ajudante de ordens disse ainda que o general tentou saber o conteúdo da sua colaboração premiada por meio de contato com o seu pai, o também general Mauro Lourena Cid.

O depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi essencial para que o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinasse a prisão de Braga Netto. O general de quatro estrelas foi preso no último sábado (14) em sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro. O militar está detido em uma sala na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, na capital fluminense. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.

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