Uma mulher que atendia como médica em um pronto-atendimento do município de Alumínio (SP) é investigada por usar o nome e o registro profissional de outra pessoa. As suspeitas começaram depois que Cibele Lemos, como era identificada, foi embora de um plantão na unidade de saúde sem dar justificativa.
De acordo com o diretor do pronto-atendimento, Rafael Leles, a prefeitura decidiu consultar o CRM (Conselho Regional de Medicina) para tomar uma atitude administrativa devido à falta no plantão.
“Foi quando vimos que a foto dela não condizia com a pessoa que trabalhava no pronto-atendimento. Pedimos para ela provar, e ela afirmou que tinha os documentos da residência médica. A mulher foi com um responsável pelo PA até o local em que ela estava hospedada, mas ela fugiu enquanto manobrava o carro”, afirma o diretor do pronto-atendimento.
Funcionários que trabalharam com a falsa médica ficaram surpresos com a revelação de que ela usava o nome e o registro de outra profissional.
“Foi uma bomba para todo mundo quando soubemos. Aí a gente começa a relembrar as ações dela: ‘Foi por isso que naquela situação ela teve aquela conduta. Também teve aquela consulta em que ela não se manifestou e fugiu da responsabilidade’. Agora a gente começa a pensar, e tudo faz sentido”, diz a enfermeira Franciele Domingues.
Ainda segundo Leles, a mulher cobria as folgas dos plantonistas fixos. Ela chegou a trabalhar cerca de 45 dias no pronto-atendimento. Durante dez plantões, nenhuma reclamação de erro médico foi registrada. “Era o padrão de uma médica recém-formada”, disse. (AG)