Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2015
Um dos supostos falsos médicos investigados por fraude pela Polícia Civil em Sorocaba (SP) trabalhou por seis meses em 2014 no Pronto-Socorro Dr. Álvaro Azzuz, em Franca (SP). Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Pablo do Nascimento Mussolim chegou a registrar que atuou na unidade por 30 dias sem descanso, e recebeu um salário de 80 mil reais.
Segundo a polícia, Mussolim utilizava o CRM e o nome de Pablo Galvão, um médico que atua no Rio Grande do Norte.
O suspeito foi preso na semana passada e trabalhava na Santa Casa de São Roque (SP). Ao todo, segundo o delegado seccional Marcelo Carriel, seis pessoas que exerciam irregularmente a função estão sendo investigadas.
Descoberta
Segundo o delegado regional do Cremesp em Franca, Ulisses Minicucci, as denúncias contra Mussolim começaram no ano passado, quando a Comissão de Ética da Câmara dos Vereadores apurava um atendimento prestado a um paciente. “Solicitamos que o médico comparecesse para fazer a manifestação, nós percebemos que esse médico convocado não era o que tinha feito o atendimento. O médico verdadeiro, do qual ele usava a carteirinha, nos afirmou que não tinha feito nenhum atendimento em Franca.”
Minicucci explica que Mussolim havia sido contratado por uma empresa terceirizada, que prestava serviços à Prefeitura de Franca. “A responsabilidade de confirmar se a pessoa é médica é, em primeiro lugar, da cooperativa. Porque ela que pegou o serviço terceirizado, evidentemente ela tinha responsabilidade sobre isso”, afirma.
O delegado explica que após ser chamado para prestar esclarecimentos, Mussolim deixou de atender em Franca. “O médico falso nunca mais apareceu. Ele deu os plantões aqui em Franca e não se tem mais notícia dele aqui.”
A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público. Segundo o delegado regional, até o momento, não há resultados de que a atuação do suspeito tenha acarretado em alguma morte. (AG)