Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria mostra que uma em cada três empresas foi vítima de roubo, furto ou vandalismo em 2016. Além das perdas diretas com esses crimes, mais da metade das indústrias incorreu em custos extras com segurança privada e seguros contra roubo e furto.
Isso significa dizer que a falta de segurança representou, em 2016, nada menos do que 27,1 bilhões de reais para a indústria como um todo. Para essa pesquisa foram entrevistas 2.952 empresas, sendo 1.172 pequenas, 1.106 médias e 674 grandes. A média de perda para as indústrias que foram vítimas desses crimes foi de 0,69% do faturamento anual. As empresas, adicionalmente, despenderam 0,64% do seu faturamento anual com segurança privada e outros 0,63% com seguros contra roubo ou furto.
O desvio de recursos da produção para gastos com segurança e seguros, além da própria perda, afeta negativamente a competitividade das empresas brasileiras e impacta nas decisões de investimento dos empresários. A insegurança pública não apenas afeta o bem-estar da população e as finanças das empresas, mas também impacta negativamente o crescimento do País, uma vez que as empresas podem reduzir seus investimentos em localidades com piora na segurança pública, chegando, no limite, a desistir de instalar plantas produtivas ou expandir as que lá se encontram. Não podemos permitir que o País ingresse em um círculo vicioso em que a insegurança gera menos investimento, menos investimento gera desemprego, desemprego gera mais insegurança, e assim por diante. O que mais é necessário para que as autoridades públicas socorram nosso País, que padece das mais básicas necessidades? Se o governo não for capaz de nos dar, no mínimo, segurança pública, o que será capaz de fazer por nós?
Sillas B. Neves, advogado e associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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