Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2024
A falta de sono pode prejudicar a saúde física e emocional. Nunca tivemos tanta informação a respeito, porém, 72% dos brasileiros relatam ter um sono insuficiente ou de má qualidade. O sono desempenha um papel essencial para a saúde, influenciando diretamente a qualidade de vida e o bem-estar.
Um boa noite de sono, muitas vezes subestimada, é fundamental para a saúde física e mental. Durante o sono, o corpo se regenera, os tecidos se reparam e o cérebro consolida as memórias. Estudos científicos comprovam que a falta de sono pode levar a diversos problemas, como: obesidade, diabetes, doenças cardíacas, depressão, ansiedade e acelera o processo de perda de cognição ao final da vida.
A Academia Americana de Medicina do Sono e a Fundação Nacional do Sono consideram que dormir menos de 7 horas por noite não é suficiente para manter um organismo totalmente saudável.
A qualidade do sono impacta diretamente na produtividade, no humor e na capacidade de aprendizado e memoria. Quando se dorme bem, se aumenta a atenção, a criatividade e a imunidade ficam fortalecida.
Durante o sono, o corpo passa por processos de recuperação que incluem a liberação de hormônios cruciais, como o hormônio do crescimento, da fome, da saciedade, testosterona e outros neurotransmissores que auxiliam na regeneração de tecidos, além disso, ajuda na eliminação de toxinas do cérebro. Todos estes processos ocorrem enquanto dormimos, sendo importante para a prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Um sono restaurador fortalece ainda o sistema imunológico, pois permite ao organismo direcionar energia para a produção de células de defesa e recuperação de danos diários. A memória também depende de uma boa noite de sono, especialmente na fase REM, quando ocorre a consolidação das informações adquiridas ao longo do dia.
Dormir pouco aumenta os níveis de cortisol o hormônio do estresse, podendo gerar cansaço, estresse, ansiedade, irritabilidade, alteração de humor e confusão mental. Sem falar que a motivação tende a diminuir, assim como o interesse pelas atividades diárias. Esses efeitos emocionais se somam às consequências cognitivas, como a redução da capacidade de concentração, falhas na memória de curto prazo e um aumento nos erros por distração.
A falta de um tempo adequado de sono pode ainda afetar o sistema imunológico e traz algumas implicações metabólicas e cardiovasculares. Estudos recentes apontam que o sono insuficiente aumenta em 21% o risco de hipertensão e eleva em aproximadamente 30% as chances de desenvolver diabetes, já que o corpo, privado do descanso adequado, reage alterando processos essenciais.
Diante desse cenário é preciso cuidar do para tentar dormir ao menos 7 horas por noite e algumas medidas simples podem ajudar bastante, como evitar bebidas com cafeína, principalmente depois das 16h, diminuir tempo de telas, principalmente uma a duas horas antes do horário que se pretende dormir, ter um ambiente silencioso e escuro, não fazer refeições muito calóricas e de difícil digestão no jantar, não consumir álcool pra induzir o sono, manter alguma atividade física regular e criar um ritual antes de dormir sinalizando para o cérebro que é hora de descansar.
Claro que todas essas atitudes precisam se tornar um hábito e para que isso aconteça é importante que seja repetido quase que diariamente. Pense em começar com as medidas mais fáceis e aos poucos seu corpo se adapta e você poderá incluir novas atitudes que vão melhorar a qualidade do sono. Quem dorme bem vive mais e melhor. Não é perda de tempo como muitos acreditavam ou ainda acreditam.