Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por adm | 24 de abril de 2020
A política em Brasília lembra um ditado: quando elefantes brigam, sofre a grama. Sabe-se bem quem é a grama…
Os confrontos se tornam quase que diários. Ontem, foi com o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Quarta-feira, durante o lançamento de um plano de investimentos para recuperar a Economia, o ministro Paulo Guedes não participou.
Domingo, o presidente Jair Bolsonaro compareceu a manifestações que atacaram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Somaram-se ainda os atritos com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a cogitação de impeachment e a saída do ministro Luiz Henrique Mandetta.
O núcleo do poder precisa de trégua para não ir à Unidade de Tratamento Intensivo.
Sonho de muitos
A especulação sobre troca no Ministério da Justiça fez com que os escritórios de advocacia mais famosos do país tivessem movimentação nunca vista. Querem Sérgio Moro como sócio.
Fica para adiante
O Tribunal de Justiça retirou ontem de pauta o julgamento do mandado de segurança, impetrado pelo deputado Eric Lins, pedindo que não sejam votados na Assembleia os decretos legislativos que suspendem auto-aumento salarial de 16,38 por cento para carreiras jurídicas. O autor dos decretos é o deputado Sebastião Melo.
A mesa diretora da Assembleia Legislativa alegou o não cumprimento de prazos, o que foi aceito pelo Tribunal.
Deu no site
A CPI Mista das Fake News, que apura a disseminação de conteúdos falsos na Internet, foi prorrogada no Congresso.
Pelo menos enquanto a pandemia persistir, já que é um foco de contaminação de notícias sem procedência e perturbadoras.
Feira livre
Em meio à crise do coronavírus, surgem espaços para pirotecnia matemática de teóricos e conversa fiada de práticos.
Onde estão?
Para quem paga impostos, o ideal seria que o endividamento de 4 trilhões e 300 bilhões de reais do governo federal deixasse palpáveis suas realizações.
Torneiras abertas
Muitos perguntam como o rombo do governo federal chegou a valores astronômicos. A explicação começa com a soma dos episódios de descalabros. Preencheriam vários volumes. Um exemplo: em abril de 1990, a mesa diretora da Câmara dos Deputados encaminhou pedido para contratação de 600 servidores, sem concurso, para as áreas de limpeza e vigilância.
Para indignar
Há exatos 30 anos, o desastrado governo Collor pedia sacrifício à iniciativa privada, que se viu obrigada a demitir funcionários, reduzir jornadas de trabalho e suportar aumento de impostos. A Câmara dos Deputados, porém, conhecida pelo excesso de funcionários, foi autora de obra-prima dos insultos, contratando 600 servidores e demonstrando distanciamento da realidade.
Não é a primeira vez
Notícia publicada pelos jornais a 24 de abril de 2003:
“A China isolou todo o Hospital da Universidade do Povo, que ocupa um quarteirão em Pequim, onde estão 2 mil pacientes e profissionais da saúde para tentar deter o avanço da pneumonia asiática também conhecida como SARS (síndrome respiratória aguda grave). O total de contaminados no mundo chega a 4 mil e 439 casos com 158 mortes.”
Hora de os governos despertarem
Para pescadores de águas turvas, que se aproveitam da crise para aumentar preços, a inflação não morreu, estava apenas desmaiada.
Há 55 anos
A 24 de abril de 1965, o Executivo enviou ao Congresso Nacional projetos da nova Lei Orgânica dos Partidos e do Código Eleitoral. Extinguia as siglas, criadas na segunda metade da década de 1940, e abria caminho para o bipartidarismo. Chegavam ao fim a UDN, o PSD, o PTB, o PL, o PSP, o PDC, entre outros. No começo de 1966, surgiram o MDB e a Arena.
Por precaução
A portaria do Palácio do Planalto precisa providenciar um quadrinho, identificando para os que são recebidos, como está o Humor do Chefe: pronto para o diálogo; vá com calma; um pouco irritado ou não insista muito.
Sobe a voltagem
A usina de energia elétrica em Brasília reforçou a geração para suprir a necessidade da máquina de fritar.