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Armando Burd Faltou autocrítica

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Michel Temer só não assume que o conflito foi provocado por ele mesmo. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

“O Brasil vive hoje momentos de grande conflito institucional. E vive o momento de conflito institucional precisamente porque não se dá cumprimento muitas e muitas vezes à ordem institucional.” Neste jogo de palavras, o presidente Michel Temer só não assume que o conflito foi provocado por ele mesmo. Mais parece estar num bote de salvamento, depois de ter levado o navio que comandava de encontro às rochas.

Decisão difícil

O pedido de autorização para a convocação de plebiscito sobre o futuro de estatais pegou de surpresa os partidos de oposição na Assembleia Legislativa. O único a se definir até agora foi o PSOL. O deputado Pedro Ruas votará a favor da realização da consulta, mesmo rejeitando a desestatização. Os demais avaliam.

Para que o projeto tramite em regime de urgência, como quer, o Executivo precisa evitar que três bancadas se oponham. Pelo regimento interno, esse obstáculo impediria o andamento. Nos próximos dias, vai se saber se o Legislativo dará ou não o direito de a população decidir.

Correndo

Começa hoje o mês das festas juninas com disparos de busca-pés. A peça de fogo de artifício tem um canudinho cheio de pólvora leve e é vedado em um dos lados. Quando aceso, serpenteia pelo chão e parece correr atrás dos pés das pessoas. Em Brasília, muitos políticos tentarão escapar de busca-pés que substituem a pólvora por componente bem mais perigoso: a denúncia de falcatruas.

Para não abrir a guarda

O Senado aprovou por 50 votos a 20, em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição que proíbe o fechamento de Tribunais de Contas em estados e municípios. Se com esses instrumentos há corrupção, dá para imaginar com a ausência.

Dinheiro nas contas

Os dirigentes nacionais de 35 siglas dormiram de barriga cheia. O Tesouro Nacional depositou ontem o total de 46 milhões de reais do Fundo Partidário, correspondentes a maio, que serão utilizados sem fiscalização devida. A maioria dos diretórios estaduais não vê a cor do dinheiro. As fatias mais generosas foram para o PT (6 milhões de reais); PSDB (5,1 milhões); PMDB (4,9 milhões); PP (3 milhões); PSB (2,9 milhões); PSD (2,8 milhões); PR (2,6 milhões); PRB (2 milhões); DEM (1,9 milhão); PTB (1,7 milhão) e PDT (1,5 milhão). As menores parcelas são para o PMB e o Novo com 67 mil para cada um.

Marcha lenta

Manchetes dos jornais de 1995 dão noção da falta de convicção do governo federal: “Centrais unidas contra mudanças na aposentadoria” (15 de fevereiro); “Governo define etapas na reforma da Previdência” (15 de março); “Congresso começa a examinar reforma da Previdência” (17 de março); “Governo sofre derrota na reforma da Previdência” (23 de março); “Previdência já não é prioridade” (26 de março). Sucumbiu ao primeiro sopro.

Lição de bom senso

A 1º de junho de 1997, o professor Paulo Brossard escreveu num artigo: “Em 1964, havia um pessoal que saía pelo país gritando que a reforma agrária seria feita ‘na lei ou na marra’. Na marra, o que tivemos foi a ditadura”.

Estouro

A JBS deve 91 reais para cada brasileiro. Basta pegar o passivo do grupo e dividir pelo número de habitantes.

Ponto morto

O Congresso cria comissão para analisar propostas de alteração da Lei Kandir. É a velha história: quando não querem resolver um problema, criam uma comissão.

Luz, câmera, ação

O filme Terra em Transe, com Paulo Autran e Jardel Filho, completa 50 anos. Para a fase 2, o cenário e os atores em Brasília estão prontos.

Refrão

Por motivo facilmente identificável, volta à parada de sucesso a marchinha “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”, composta para o carnaval de 1950.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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