Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2015
Parentes da detenta Bárbara Oliveira de Souza, 35 anos, que deu à luz na solitária da Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, no último dia 11 de outubro, afirmam que só souberam do nascimento da criança no início desta semana, no dia 26. Ou seja, 15 dias depois do ocorrido. Mesmo assim, de acordo com o primo da presa, o músico Alace Machado, de 28 anos, a família só soube porque representantes do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) – órgão do governo estadual – descobriram o parto e entraram em contato.
O músico ainda revelou que não vê a prima desde abril deste ano. Neste período, segundo ele, Bárbara desapareceu e ninguém sabia onde ela estava. Cerca de três meses depois, após buscas em hospitais, delegacias e no IML (Instituto Médico-Legal), que os parentes souberam da prisão de Bárbara. “Ninguém do presídio entrou em contato conosco. Nem para dizer que ela ganhou neném. Foi o CAPS que entrou em contato com a gente. Soubemos no dia 26 que ela teve um bebê no dia 11. Eu preciso saber como está minha prima. Preciso encontrar com ela”, disse Alace.
O primo disse que conseguiu uma autorização especial e deve ter o primeiro contato com a detenta depois de sete meses. “Quero saber tudo o que aconteceu dentro desse presídio para minha prima estar agressiva do jeito que estão falando. Até onde sabemos, ela não era usuária de drogas. A Bárbara sofre de esquizofrenia. Essa agressão deve ser porque não deram os remédios necessários para tratar a doença dela”, disse Alace. (AG)