Quarta-feira, 09 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2023
A queda nos preços da economia em junho aliviou mais a baixa renda. As famílias mais pobres sentiram uma deflação mais acentuada que a dos demais grupos, enquanto os mais ricos perceberam uma alta de preços em junho, informou na sexta-feira (14) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que a inflação arrefeceu de uma alta de 0,33% em maio para uma queda de 0,16% em junho para o segmento familiar de renda muito baixa. Para o grupo de renda alta, houve aceleração, de um recuo de preços de 0,08% em maio para uma alta de 0,10% em junho.
Em junho, o principal alívio inflacionário partiu da queda nos preços dos alimentos para consumo no domicílio, grupo de despesas que pesa mais no orçamento dos mais pobres.
“Por certo, o recuo dos preços de itens importantes, como cereais (-1,8%), carnes (-2,1%), leites e derivados (-1,3%), óleos e gorduras (-5,3%), frutas (-3,4%), hortaliças (-3,8%) e tubérculos (-0,76%), gerou uma forte descompressão sobre os índices de inflação em junho, especialmente para as famílias com rendas mais baixas, dado o peso desses itens em suas cestas de consumo. De modo semelhante, a queda dos preços do grupo transportes também contribuiu de forma expressiva para o quadro de desinflação em junho, refletindo, em grande parte, na deflação de 1,9% dos combustíveis. Por fim, ainda que em menor intensidade, o recuo de 1,2% dos preços dos eletroeletrônicos e de 1,6% dos artigos de cama, mesa e banho fizeram com que o grupo artigos de residência gerasse uma contribuição negativa à inflação no mês analisado para todas as faixas de renda”, justificou a técnica Maria Andreia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura do Ipea.
Na direção oposta, houve pressão sobre a inflação de junho dos reajustes na energia elétrica (1,4%), taxa de água e esgoto (1,7%) e condomínio (1,7%). O aumento nos gastos com habitação pesou mais no orçamento das famílias de renda alta, uma vez que pouco “se beneficiaram da queda dos preços do gás de botijão (-3,8%)”.
“Por certo, o recuo dos preços de itens importantes, como cereais (-1,8%), carnes (-2,1%), leites e derivados (-1,3%), óleos e gorduras (-5,3%), frutas (-3,4%), hortaliças (-3,8%) e tubérculos (-0,76%), gerou uma forte descompressão sobre os índices de inflação em junho, especialmente para as famílias com rendas mais baixas, dado o peso desses itens em suas cestas de consumo. De modo semelhante, a queda dos preços do grupo transportes também contribuiu de forma expressiva para o quadro de desinflação em junho, refletindo, em grande parte, na deflação de 1,9% dos combustíveis. Por fim, ainda que em menor intensidade, o recuo de 1,2% dos preços dos eletroeletrônicos e de 1,6% dos artigos de cama, mesa e banho fizeram com que o grupo artigos de residência gerasse uma contribuição negativa à inflação no mês analisado para todas as faixas de renda”, justificou a técnica Maria Andreia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura do Ipea.
Na direção oposta, houve pressão sobre a inflação de junho dos reajustes na energia elétrica (1,4%), taxa de água e esgoto (1,7%) e condomínio (1,7%). O aumento nos gastos com habitação pesou mais no orçamento das famílias de renda alta, uma vez que pouco “se beneficiaram da queda dos preços do gás de botijão (-3,8%)”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.