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Famosa repórter americana ganha 210 milhões de reais na Justiça por ter sido filmada nua secretamente em hotel

Barett disse que escolheu Andrews porque ela era popular. (Crédito: Reprodução)

Vítima de um “voyeur” que gravou e espalhou na internet um vídeo de nudez dela, a repórter americana Erin Andrews, 37 anos, será indenizada em 55 milhões de dólares, cerca de 210 milhões de reais. A decisão da Justiça americana saiu nesta semana, depois de sete dias de julgamento. A sentença considerou a rede de hotéis Marriott culpada pelo incidente. O autor do crime, o executivo Michael David Barrett, terá de pagar 51% da quantia fixada. O hotel, os 49% restantes. A jornalista esportiva chorou com o desfecho do caso.

O episódio aconteceu em 2008, em Nashville, capital do Tennessee (EUA). Barrett, então com problemas financeiros, decorrentes de más apostas nas bolsas, premeditou o crime e calculou cada passo, acreditando ganhar dinheiro com a arapongagem. À Justiça, o executivo explicou que escolhera Erin porque ela, então repórter da ESPN, já era famosa. E contou com seguidas falhas de segurança do Marriott para conseguir gravar as imagens.

“No restaurante do hotel, peguei o telefone fixo e pedi para transferirem para o quarto de Erin”, relatou. “Nesse momento, no visor do aparelho, apareceu o número do apartamento”, contou. Em seguida, Barrett foi ao lobby e pediu para se hospedar no quarto ao lado.

O “voyeur” logo se certificou de que Erin era sua vizinha e esperou que ela deixasse o apartamento. O executivo tirou uma das lentes do olho-mágico e fez uma gravação de teste. Depois, esperou a jornalista voltar. Ao ouvir o chuveiro ligado, correu para o corredor, pôs o celular no olho-mágico danificado e flagrou a repórter nua.

Barrett tentou vender o “nude” ao site de fofocas TMZ, mas não conseguiu. Acabou jogando na internet. Resultado: cerca de 17 milhões de pessoas viram esse vídeo. E a defesa do rapaz alegou que Erin “ganhou popularidade” com a divulgação das imagens, assim como sua emissora.

Já Erin declarou que as imagens, com quase cinco minutos de duração, lhe provocaram danos mentais, como depressão e insônia. Os seus advogados afirmaram que o hotel foi negligente e que poderia ter evitado a situação.

Barrett acabou confessando o crime e pegou 30 meses de prisão. Agora está falido. “Fiquei honrada pelo apoio de vítimas por todo o mundo”, disse Erin, que atualmente trabalha como repórter da Fox.

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