A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) realiza desde ontem (15) e durante todo o dia de hoje (16), no centro de eventos do hotel Plaza São Rafael, na Capital, o Seminário dos Novos Gestores. Com o tema “Reconstruindo o Brasil a partir dos Municípios”, o evento visa colocar em discussão de que forma os gestores municipais podem assumir o protagonismo no debate sobre o projeto de nação desejado daqui para frente. “É fundamental que prefeitos e prefeitas capitaneiem o esforço para construir um país melhor, mais desenvolvido. Só desta forma, a sociedade conseguirá ter do poder público o retorno que espera e deseja”, refletiu o presidente da Famurs, Luciano Pinto. Segundo ele, “este evento será uma grande oportunidade para que os prefeitos e prefeitas possam conhecer melhor o trabalho desenvolvido pela Famurs. Além disso, estarão recebendo orientações sobre ações administrativas. O que pretendemos com tudo isso é que os novos gestores comecem com o pé direito”, explicou Luciano.
Na manhã desta quinta-feira, um dos painéis do Seminário dos Novos Gestores contou com a presença de Gerson Seefeld, diretor-executivo da Central Sicredi Sul que traçou um panorama do cooperativismo de crédito no RS e no País e de que forma as unidades do Sicredi podem contribuir para o desenvolvimento dos municípios.
O pacto federativo defendido pela senadora Ana Amélia Lemos ganhou ênfase, pois prega a disponibilidade de recursos de forma a melhorar condições para as administrações municipais, seguido por uma explanação jurídica da Famurs, que incluiu a Cartilha Jurídica, com instruções passo a passo de como os administradores municipais devem proceder para garantir a sustentabilidade de suas gestões.
Outra palestra que reuniu grande público na manhã desta quinta-feira foi centrada no tema “o que se espera dos novos governantes”, tutelada pelo diretor-presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, tendo como mediador o vice-presidente da Rede Pampa, Paulo Sérgio Pinto. Walter Lídio Nunes defendeu que a crise é um grande problema mas também é uma grande oportunidade que os municípios tem para fazer “mais por menos”. Para isso, é preciso governança com metodologia, integrada a modernas ferramentas. Disse ainda que o Estado não deve se dedicar a coisas que a iniciativa privada possa fazer com mais eficiência e resultado. O empresário acredita que o modelo atual esteja exaurido e afirmou que “sempre precisaremos de bons políticos mas é preciso buscar soluções com a participação da sociedade e do empreendedor. “Não confundir participação com corporações”, atestou. Para ele, a direção social é uma combinação de forças. “Muitas coisas que ouvimos hoje não atendem aos interesses da sociedade”.
Ainda este mesmo painel contou com a participação de Daniel Randon, presidente do Conselho Diretor do PGQP que enfatizou a importância de ações econômicas dos municípios focadas em sustentabilidade. Outro painelista foi Luiz Pierry, coordenador executivo do PGQP que defendeu a importância de uma gestão consciente, segundo ele, centrada em clareza, conhecimento e convicção.