Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de fevereiro de 2023
Confeccionar as próprias roupas para a festa é um costume que nunca sai de moda.
Foto: Alex Rocha/PMPADepois de dois anos sem a tradicional folia de fevereiro pelas ruas e clubes do Brasil, as festas de Carnaval estão de volta e, com elas, a retomada de uma parte fundamental: as fantasias. Para auxiliar no planejamento da vestimenta certa para festejar, as professoras de Design de Moda da UniRitter Renata Pedron e Anerose Perini trazem dicas do que levar em consideração na hora da produção.
Confeccionar as próprias roupas é um costume do Carnaval que nunca sai de moda. Entre brilhos, franjas, tiaras e ombreiras customizadas, Renata comenta que as tendências para as roupas deste ano podem explorar personagens de novelas ou séries que marcaram o período recente. “Podemos apontar para o uso de estampas de onça, como um possível reflexo da novela Pantanal, ou até mesmo as versões de fantasias da personagem Wandinha”, explica. Ainda que o figurino de Wandinha Addams seja pouco “carnavalesco”, é possível criar uma versão com mais brilho utilizando lantejoulas, paetês ou detalhes metalizados pela roupa e até golas avulsas. O uso de tecidos mais leves, croppeds ou manga curta são uma saída para enfrentar o calor, assim como as clássicas trancinhas da personagem.
Para além da estética, o ambiente da festa e, principalmente, a imaginação são fatores fundamentais para decidir qual a fantasia apropriada para a folia: “O modelo varia de acordo com o local, mas mesmo em clubes ou nos blocos de rua a criatividade é um pilar na construção da roupa”, conta Anerose. A docente explica que, no caso das festas realizadas em clubes fechados, as fantasias tendem a ser mais elaboradas e podem cobrir mais o corpo.
Já nas celebrações em ambiente externo, ela salienta a importância de pensar no conforto como prioridade. “O carnaval de rua tende a ser muito quente, então as pessoas costumam usar roupas mais curtas e mais confortáveis para aguentar mais tempo andando e pulando”, destaca. Outro ponto a ser considerado nesse caso é a questão da segurança, principalmente em relação às multidões. Para isso, as professoras aconselham o uso de pochetes ou bolsas menores, de preferência com travas de segurança, levando o mínimo possível de pertences pessoais.
Tradição desde 1870 no Brasil, as fantasias de carnaval vão desde uma roupa normal com pequenos detalhes até vestimentas e maquiagens bastante elaboradas. Da mais simples à mais complexa, Renata comenta que “antes de ir às compras é preciso entender como determinados tipos de materiais se comportam entre si”. A professora também reforça que buscar tutoriais na internet e realizar testes de costurabilidade, aplicação ou tingimento em pedaços menores é importante para evitar frustrações na hora de montar a fantasia final.
Ainda que o local da folia influencie diretamente no modelo de fantasia a ser produzida, o humor é um elemento comum entre os foliões de todas festas: “O público jovem tem grande presença nesse tipo de festividade, fortalecendo o uso de memes e de piadas, então é comum ver fantasias que brinquem com isso, principalmente com temas da atualidade”, reflete Anerose. Além disso, outra tendência perceptível está na questão da sustentabilidade. Seja através dos glitters ecológicos ou de tecidos e colas que não agridem o meio ambiente, a preocupação com a natureza tem ganhado ainda mais espaço na hora de planejar o visual e partir para a festa.