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Fantasma Dilma aumentará conta de luz até 2028

O anúncio do governo Lula (PT) de que a conta de luz ficará 5,6% mais cara este ano, bem além da inflação, fez ressuscitar a discussão sobre a medida provisória da ex-presidente petista Dilma Rousseff para baixar a tarifa na marra, em 2012. A MP aliviou a conta de luz até 2014, mas criou dívida de mais de R$62 bilhões do governo federal com concessionárias do setor elétrico, e impacta as contas desde então. Inicialmente, a dívida seria paga até 2024, mas teve de ser renegociada durante a pandemia.

Fantasma encorpado

A fatura começou a ser paga em 2017, mas é tão grande que foi renegociada em 2021 e agora os pagamentos vão até 2028.

Assombração bilionária

Na pandemia, a Agência Nacional de Energia Elétrica do governo Bolsonaro renegociou. Pagamentos atuais são de R$8 bilhões/ano.

Apagar das luzes

Os pagamentos compensatórios são chamados de Rede Básica do Sistema Existente (RBSE), aprovado nos últimos dias de Dilma.

Nossa grana

A dívida se dá por renovação antecipada de concessões de transmissão, por insistência do governo Dilma. Só em 2013 custou R$7,2 bilhões.

Segurança teve verba recorde na gestão Bolsonaro

Relatório divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Tesouro Nacional sobre as despesas do governo revela que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro foi a que mais recebeu recursos entre 2010 e 2022, período de análise disponibilizado no documento. Os dois picos de despesa com “ordem pública e segurança” ocorreram em 2019 e 2022, representando, nos dois anos, cerca de R$311 bilhões. O recorde anterior era de 2018, R$303 bilhões. Saltou R$8 bilhões após posse de Bolsonaro.

Efeito covid

Houve queda nos anos da pandemia, mas já em 2021 o investimento foi de 3% do PIB e superou países da América Latina e emergentes.

G20 ficou atrás

Ficaram atrás do Brasil até países do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. O gasto médio no G20 foi de 2,01%.

No topo

O relatório ainda aponta que o gasto do Brasil em 2021 superou países mais avançados como França, Japão e Alemanha, com 1,6% do PIB.

Sem comparação

Custou R$186 mil, em janeiro, o auxílio-moradia dos funcionários da embaixada do Brasil no Cairo (Egito), próximo destino internacional de Lula. Menos da metade dos R$390 mil gastos só com aluguel de carrões para o presidente por dois dias, no recente passeio à África do Sul.

Fila no paredão

O Planalto esvazia estoques de fogos, cachaça e champanhe: segundo criminalistas que fizeram fortuna defendendo ladrões da Lava Jato, já lá se foram dois e restam 16 da lista de parlamentares no paredão do STF.

A eliminação

Deputados do PL explicam por que não acreditam em coincidências: o primeiro alvo da semana, Carlos Jordy, é candidato a prefeito de Niterói; o segundo, também deputado Alexandre Ramagem, à prefeitura do Rio.

Arruaça

Após ameaça de aumento de invasões criminosas em 2024, o deputado Evair de Melo (PP-RS) acionou a PGR e pediu abertura de inquérito e prisão preventiva contra João Pedro Stedile, líder dos sem-terra.

Erro absurdo

Durante participação no podcast Diário do Poder, a senadora Damares Alves (Rep-DF) classificou como “erro absurdo” o projeto anti-emprego que reonera a folha. “A resposta do Congresso será à altura”, promete.

Fator Bolsonaro

O potencial eleitoral de Bolsonaro é reconhecido até entre medalhões do PT, como José Dirceu. “Não subestimaria a Michelle como candidata”, declarou em entrevista o companheirão de Lula.

Grana boa

Mais do que prestígio, presidir a Vale, como Lula pressiona para enfiar Guido Mantega goela abaixo dos investidores, rende um belíssimo salário, cerca de R$4,9 milhões por mês.

Escovada na frouxidão

“Se o Senado tivesse presidente comprometido, não iria perder tempo pra reclamar de presidente de partido”, disse Valdemar Costa Neto ao dar uma escovada em Rodrigo Pacheco, que foi chamado de “frouxo”.

Pensando bem…

…quem não tem firmeza deixa correr frouxo.

PODER SEM PUDOR

Falta de memória

Na campanha presidencial de 1960, Jânio Quadros percorria o País a bordo de um avião Convair, sempre na companhia do vice, Milton Campos. Dono de memória prodigiosa, Jânio repetia o mesmo discurso em todos os comícios, sublinhados por gestos teatrais. O vice, ao contrário, sempre mudava o tema. Certa vez em Governador Valadares (MG) Jânio o elogiou: “Dr. Milton, que maravilha! Um discurso para cada comício. Que cultura!” Campos respondeu, modesto: “Não é cultura, é falta de memória mesmo…”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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