Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2020
A aplicação de vacinas contra a covid-19 pode ganhar um reforço expressivo das farmácias de todo o País. A Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), que representa as 26 maiores empresas do varejo farmacêutico nacional, entregou ao governo federal e aos governos estaduais um projeto para aplicação das vacinas nos estabelecimentos privados.
Ao todo, 4.573 lojas com salas de imunização e 6.860 farmacêuticos estariam disponíveis para a realização do serviço em todos os Estados e no Distrito Federal, sem custo para o Ministério da Saúde ou para a população.
Pela proposta, o atendimento ocorreria das 9h às 18h, com uma hora de intervalo para almoço e agendamento eletrônico. O projeto inclui ainda o uso dos centros de distribuição das redes associadas, presentes em 45 localidades, para facilitar o processo de logística e distribuição das vacinas.
“Temos a capacidade de atender até 365.840 pessoas por dia e 2.195.040 por semana. As farmácias estão com sua estrutura preparada, seja no plano de vacinação pública seja na oferta via rede privada”, comenta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
Testes rápidos
Estudo da Abrafarma mostra que 17% dos testes rápidos de covid-19 realizados em farmácias foram positivos. Entre os dias 30 de novembro e 6 de dezembro as farmácias registraram 17.904 casos positivos em testes rápidos.
O percentual é superior à média entre 14% e 15% registrada desde abril.
As farmácias realizaram 1,4 milhão de testes rápidos desde abril, quando o serviço foi implementado. Desses, 214,3 mil apresentaram resultado positivo, uma média 14,9% das testagens.
Pazuello
As primeiras vacinas contra a covid-19 podem estar disponíveis para distribuição e aplicação na população brasileira a partir de meados de fevereiro, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O ministro citou a previsão considerando o atual estágio dos imunizantes em desenvolvimento por AstraZeneca/Oxford e Sinovac/Butantan.
O mês já tinha sido citado pelo ministro em 8 de dezembro durante reunião com governadores. Naquela ocasião, Pazuello afirmou esperar que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca tenha o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de fevereiro.
Na manhã desta quarta-feira (16), o ministro citou também a CoronaVac, que é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e que tem parceria de produção com o Instituto Butantan.
“Se nós conseguirmos manter o planejado do Butantan e da Fiocruz de apresentar a Fase 3 dos estudos e toda a documentação das Fases 1 e 2 ainda em dezembro à Anvisa e solicitar o registro, nós teremos janeiro para análise da Anvisa e possivelmente em meados de fevereiro para frente nós estejamos com essas vacinas recebidas e registradas para iniciar o plano”, disse o ministro.