Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Leandro Mazzini | 20 de abril de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As inteligências das Polícias dos Estados do Centro-Oeste vão redobrar a atenção com a prisão do ex-poderoso chefão da fronteira Brasil-Paraguai Fahd Jamil, que se entregou ontem à Justiça do Mato Grosso do Sul. Fahd foi preso por ligações com o chefão da milícia do Estado, Jamil Name – que está trancado com o filho no presídio federal de Mossoró (RN).
Eles são compadres no crime há décadas. Mas o script do faroeste pantaneiro não acabou. No fim do ano passado, uma reviravolta nas investigações apontaram que Name é o suposto mandante da morte do filho de Fahd, Daniel Georges, (que desapareceu em 2011), para dominar o jogo do bicho. Isso pode render acerto de contas entre os clãs.
O delegado
O delegado Paulo Magalhães, assassinado há sete anos – há quem diga por ordem de Jamil Name – esbravejou uma vez que havia mais desembargadores na casa do chefão, tomando uísque, que dentro do TJMS.
O juiz
Foragido por anos, Fahd foi o motivo de o então juiz Odilon de Oliveira, seu carrasco, ser obrigado a morar dentro do Fórum e com escolta 24h, após sentença que o condenou à prisão.
Vai dar nada
A literatura política já nos mostrou que é só palanque. Não deixa de ser pertinente o debate. Mas o leitor acredita que esta CPI do Covid vai dar em alguma coisa? Nós não.
Tempo de sobra
Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo divulgou no Twitter uma imagem dos participantes brasileiros da Brazil Conference at Havard, no sábado. Entre eles, dividindo a tela, o apresentador Luciano Huck e o petista Fernando Haddad. Camargo conclamou os bolsonaristas a darem um dislike. Sobra ideologia e falta bom senso.
Outras Cortes
Não é de hoje que as nomeações com apadrinhamento político para o Judiciário são motivos de questionamentos ou críticas da sociedade, colocando em dúvida a isenção dos magistrados em sentenças. Para quem quiser conhecer como outros nove importantes países escolhem seus ministros das altas Cortes, segue o link que a Coluna publicou anos atrás. Vale uma leitura atenciosa. Cresce aqui o debate para mudança do sistema de escolha e fixação de mandatos. https://bit.ly/2QeFQGK
Pré-privatização
Quem bolou esse balanço da Eletrobrás divulgado ontem nos jornais do País foi inteligente. Houve anúncios com dados positivos. Conotou uma propaganda bem feita pela equipe econômica de Paulo Guedes para oferecer a empresa no mercado. O BTG, banco co-fundado por Guedes, está de olho na geração e distribuição de energia do País.
Em tempo…
… A Eletrobrás é superavitária, teve lucro líquido de R$ 2,6 bilhões ano passado, e tem R$ 27 bilhões em ativos. Privatizar para quê?, perguntam de outro lado os funcionários.
Suplente subindo
Valdir Rossoni (PSDB), ex-chefe da Casa Civil do Governo Beto Richa, assume dia 27 o mandato de deputado federal no lugar do falecido José Schiavenato (PP), vítima de Covid-19.
Dia da Terra
EUA e China vão anunciar juntos um pacotão de bondades na quinta-feira, Dia Mundial da Terra. Nele está a ratificação da Emenda de Kigali, limitando o uso dos piores gases para o efeito estufa em aparelhos de refrigeração. No Brasil, a emenda passou pelas comissões da Câmara, mas está na mesa da presidência da Casa há 18 meses.
R$ 100 mi!
Um manifesto unindo indústria e defensores do meio ambiente e do consumidor pede ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que aprove a emenda e libere o acesso da indústria a US$ 100 milhões da ONU, a fundo perdido (isso mesmo, doado), para atualização tecnológica. O Brasil corre o risco de perder competitividade.
Dia do Índio
Há quem olhe por nossos nativos. Boa ação das Americanas na Bahia: No sábado, a loja de Porto Seguro doou 80 kits com ovos de Páscoa e brinquedos para os indiozinhos das aldeias de Caraíva (Xandó, Barra Velha e Porto do Boi). Ontem foi Dia do Índio.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.