A revelação que até a mulher de Alexandre de Moraes se utiliza de jatinhos da FAB em seus deslocamentos chamou a atenção para esse tipo de privilégio, que deveria ser restrito apenas aos chefes de poder e comandantes militares, que têm status de ministro. Desde o início do ano, ministros do governo Lula (PT) se somaram aos presidentes do Senado, Câmara e do STF, realizando 1.068 voos em aeronaves do Grupo de Transporte Especial (GTE), da Força Aérea Brasileira.
Recorde no STF
O recordista no uso de jatos da FAB, este ano, é o presidente Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso: foram 81 voos até 15 de agosto.
Mera coincidência
O dia 15 de agosto foi a data do voo da mulher de Moraes, a advogada Viviane, com ministros do governo Lula e do STF.
Pódio da mordomia
O presidente da Câmara, Arthur Lira (74 voos) e os ministros José Múcio (72) e Fernando Haddad (64) fecham o pódio da mordomia.
Muitas milhas
Barroso também tem o recorde de voos em jatinhos da FAB um único mês, em 2024: foram 24 viagens somente no mês junho.
Sensação em São Paulo Marçal pode ir ao 2º turno
Sensação na campanha da maior cidade do País, o conservador Pablo Marçal (PRTB) começa a virar fenômeno eleitoral, caso se consolide seu crescimento em intenção de votos para prefeito de São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada ontem registra salto espetacular de Marçal para 21%, ocupando o 2º lugar, estabelecendo empate técnico com Guilherme Boulos (Psol), candidato de extrema-esquerda, com 23%. Levantamento do Paraná Pesquisas poderá confirmar esses números nesta sexta (23).
Ladeira abaixo
Quase tão surpreendente quanto o crescimento de Pablo Marçal foi a queda do prefeito Ricardo Nunes (MDB), sob empate técnico, mas em 3º.
Chamando para briga
Marçal mostrou que não estava a passeio já no debate da Band, quando disparou agressivamente contra os rivais, sobretudo Nunes e Boulos.
Reino nas redes
É fortíssimo nas mídias sociais: só no Instagram são mais de 13 milhões de seguidores. Que fazem dele recordista no recebimento de doações.
Bullying contra idosos
A turma de Haddad virou o pesadelo dos aposentados que saíram do país para viver no exterior. Zé do Taxão insiste taxar esses idosos em 25% dos seus proventos só porque decidiram ficar distantes disto tudo.
Periciou o quê?
O “supremo” da Venezuela, que deve ser grafado entre aspas, oficializou a fraude e declarou o ditador Maduro “vitorioso”, também entre aspas. E ainda proibiu a divulgação das atas eleitorais, que documentam o golpe.
Pacheco cobrado
O senador Magno Malta (PL-ES) fez um discurso contundente, apelando a Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, para abrir processo de impeachment de Moraes. E advertiu: “O Brasil vai cobrar sua covardia”.
Palavra de príncipe
As denúncias da Folha sobre a produção de relatório e acusações contra alvos pré-determinados “são tão graves quanto a tentativa de encobertá-las”, diz o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP).
Pobre diabo
Metendo-se em assunto interno do Brasil, o diretor do banco central da Colômbia, Mauricio Villamizar, disse que a política monetária brasileira “é exemplo a não ser seguido”. O pobre diabo jamais chegará a Roberto Campos Neto, eleito várias vezes o melhor presidente de BC do mundo.
Eleitos são outros
“Quem são os eleitos para exercer o poder que emana do povo certamente não são os ministros do Supremo, como afirmou o próprio ministro do STF Luiz Fux”, lembrou o deputado Osmar Terra (MDB-RS).
O povo manda
“O povo elege 100% do Congresso, sendo assim é natural que o povo representado pelos parlamentares tenha a palavra final sobre qualquer decisão tomada no Brasil”, defende Mauricio Marcon (Novo-RS).
Equilíbrio de volta
Para o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), a PEC que dá ao Congresso o poder de rever decisões do STF objetiva “restabelecer o equilíbrio entre os três Poderes, impedindo que um avance sobre competência do outro”.
Pensando bem…
…redes sociais banidas, prisão em massa de opositores “golpistas”, órgão eleitoral camarada… agora só falta acusar Maduro de abrasileirar a Venezuela.
PODER SEM PUDOR
Como fugir de jornalista
Luiz Cláudio Cunha entrevistava durante almoço o então governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães, para o perfil na revista Playboy que ganhou o magnífico título “Deus e o Diabo na terra do Sol”, quando, no cafezinho, alguém avisou: “Jornalista Clóvis Rossi ao telefone, governador.” ACM queria evitar o repórter da Folha e meteu uma garfada na boca: “Aô, bubo bem?”, disse ao telefone, de boca cheia. Rossi concluiu que interrompera a refeição do governador, desculpou-se e desligou. Naquele dia, não teve nova chance.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – redacao@diariodopoder.com.br)