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Por Redação O Sul | 1 de março de 2018
Na manhã desta quinta-feira (01), o Sistema Farsul apresentou, juntamente com a Fundação Pró-Sementes, o resultado da pesquisa de desempenho de cultivares de trigo para o RS. Kassiana Kehl, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação detalhou o trabalho, desenvolvido em sete regiões do Estado (Cachoeira do Sul, São Gabriel, Cruz Alta, São Luiz Gonzaga, Vacaria, Passo Fundo e Santo Augusto), num total de 1.340 parcelas.
O objetivo desta pesquisa é orientar os produtores na hora de decidir sobre a escolha correta de cultivares, adaptados a cada região, em função de solo e clima, tendo por objetivo a obtenção de maior produtividade e qualidade da lavoura. São informações que chegam aos produtores, anualmente, via Internet, palestras e através do trabalho desenvolvido pelos Sindicatos Rurais, com apoio do Sistema Farsul.
Nos últimos 10 anos, o Sistema Farsul vem apoiando o desenvolvimento deste “material de uma valia maravilhosa, uma ferramenta fantástica na tomada de decisão do produtor gaúcho. Este ano completa 10 anos que o Sistema Farsul aporta recursos nesta pesquisa de cultivares, um recurso aplicado em prol do produtor rural”, como reitera o diretor e presidente da Comissão do Trigo da entidade, Hamilton Jardim.
Kassiana apontou algumas dificuldades este ano, pelo clima atípico, muita chuva no final de maio, até junho, seguido de estiagem, principalmente na região das Missões e Centro do Estado. “Foi uma condição desfavorável para o plantio de trigo, com falta de perfilho e baixa retenção de nitrogênio, o que reflete na produtividade”. Mesmo assim, ela aponta resultados que variaram em produtividade entre 122 sacas/hectare e 86 sacas/hectare. Considerando a diferença entre o maior e o menor resultado, ela exemplifica e diz que, se a saca for comercializada a 30 reais, isto representa um ganho ou uma perda de R$ 1.080,00 reais ao produtor, números que precisam ser avaliados na hora da tomada de decisão sobre a escolha correta de obtentores.
O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, também enfatizou que a entidade tem “uma responsabilidade muito grande com o produtor”. Ele diz que o RS é um Estado diferenciado e que “o trigo está para a metade norte do Estado assim como o arroz está para a metade sul”. Ele considera o trigo uma cultura importante no biênio inverno/verão. “Temos que insistir muito ainda em políticas de Estado que possam viabilizar a cultura do trigo do Paraná para baixo”. O presidente da menciona ainda que o Estado não tem substituição para esta cultura, por isso o trabalho da Farsul, em parceria com a Fundação Pró-Sementes se reverte de importância.
Alexandre Levien, diretor-técnico e administrativo da Fundação também avaliou a importância da “continuidade deste trabalho, com apoio da Farsul e SENAR-RS”.