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Armando Burd Fato inusitado

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O governo Sartori anunciou ontem a indenização a servidores que tiveram salários parcelados. (Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O 1º escalão da prefeitura de Porto Alegre se empenhou de todas as formas, convocando a população para que apoie o projeto do novo IPTU. Quer pressão, hoje, nas galerias da Câmara Municipal sobre vereadores contrários ao governo. Se isso acontecer, o que é difícil, surgirá o inédito MPA, sigla de Movimento Pelo Aumento.

A maioria vai marchar

Para justificar os novos valores do IPTU, vereadores da situação usam este argumento: há 751 mil imóveis cadastrados em Porto Alegre; 161 mil isentos do pagamento, 149 mil ganharão redução e só 441 mil terão reajustes. O só representa uma sutileza invulgar. Esquecem que a grande maioria é formada por inquilinos e suportarão despesa adicional, reduzindo a capacidade de consumo.

Correu na frente

O governo Sartori anunciou ontem a indenização a servidores que tiveram salários parcelados. Percebeu a movimentação de escritórios de advocacia que entrariam com ações na Justiça e se apressou. Com a decisão, deixará de pagar juros, honorários e custas.

Sem negociação

O ex-ministro Antonio Palocci viu que o PT preparava o pontapé e caiu fora. Descompromissado, vai acionar mais ainda a metralhadora giratória.

Dinheiro no ralo, não

O líder do governo no Senado, Romero Jucá, disse ontem que 2 bilhões de reais para financiar campanhas eleitorais “não é demais para se ter democracia no Brasil”.

Observações sobre a avaliação: 1ª) para Sua Excelência deve ser pouco. A escala de dinheiro que manuseia anda bem acima; 2ª) para “se ter democracia” é preciso que os homens públicos demonstrem ética, responsabilidade, honestidade e nenhum envolvimento em inquéritos policiais.
Quando a segurança é precária, os hospitais estão sucateados e os professores ganham muito pouco, o dinheiro público não deve servir para custear a caminhada dos que fazem promessas.

Virou rotina

Às 16h10min de ontem, faltou o número necessário de deputados no plenário da Assembleia Legislativa, e as votações de projetos foram mais uma vez suspensas.

Critério da amizade

Será apenas político o embate na Câmara dos Deputados sobre o segundo pedido de licença para processar o presidente Michel Temer. De jurídico não terá nada.

Mesma moeda

Esta coluna publicou segunda-feira: para fechar a renegociação da dívida, a União exige que o governo do Rio Grande do Sul abra mão de ações que correm no Judiciário, entre elas a da cobrança de ressarcimento da Lei Kandir, que ultrapassa 50 bilhões de reais.

Leitores enviaram e-mails, acrescentando que o governo do Estado age da mesma forma com os empresários que fazem acordos de suas dívidas. A União, portanto, aplica o troco na mesma moeda.

Comparação

O Impostômetro, a 27 de setembro de 2007, registrava 660 bilhões de reais, contando a partir de 1º de janeiro. Hoje, está em 1 trilhão e 568 bilhões, considerando o mesmo período. Disparou muito acima da inflação em 10 anos.

Sinal de temor

O dólar, a 27 de setembro de 2002, voltou a subir e fechou em 3 reais e 88 centavos, a maior cotação da história do Plano Real. Faltavam 10 dias para a eleição presidencial e Luiz Inácio Lula da Silva liderava as pesquisas.

Onde o poder público não entra

É fácil localizar e saber quem comanda: cobram por proteção, dão empregos, controlam o comércio de imóveis, vendem água, gás e TV a cabo. Pedestres e motorizados, sejam visitantes ou moradores, todos pagam pedágio.

Há 90 anos

A 27 de setembro de 1927, o governador do Estado, Borges de Medeiros, recebeu aprovação das lideranças do Partido Republicano à indicação da chapa Getúlio Vargas e João Neves da Fontoura para sua sucessão, no período de 1928 a 1933. Vargas era ministro da Fazenda e Fontoura, deputado estadual e intendente de Cachoeira do Sul.

É um deboche

Permanece na lista da série Coisas Nossas, Muito Nossas: jatos, helicópteros, iates e lanchas não pagam Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, o famoso IPVA.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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