Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O país fixa os olhos nas ondulações das pesquisas eleitorais. Enquanto isso, e felizmente, a Economia não se deixa contaminar: a Bolsa de Valores sobe e o dólar cai.
Tentativa sem efeito
As pesquisas eleitorais, pouco contestadas, atendem ao incontrolável desejo da população de antecipar o futuro. Os institutos induzem à mudança do voto e também erram. Para tentar evitar a manipulação, tramita no Senado, desde o ano passado, novo projeto que condena entrevistadores e dirigentes de institutos irresponsáveis com detenção de um a três anos. A legislação já existe. O que aumenta é a punição, estabelecendo também a possibilidade de os prejudicados acionarem por perdas e danos.
Observações: 1ª) não se conhece quem tenha sido processado e sentenciado por praticar fraudes nas entrevistas; 2ª) o projeto não vai passar.
Advocacia em causa própria
A minirreforma minou muito a chance de candidatos que concorrem pela primeira vez. Começou com a redução do tempo de campanha (90 para 45 dias) e do horário eleitoral (45 para 35 dias). Completou-se com a divisão do Fundo Eleitoral, favorecendo os que já têm mandato.
Confirmou-se mais uma vez o velho ditado: manda quem pode, obedece quem precisa.
Um hábito
Jairo Jorge vê se repetir o que ocorreu com José Fortunati: o PDT não abraçou o candidato como deveria. Mesmo que o ex-prefeito de Canoas tenha estudado com profundidade a história do trabalhismo. Demonstrou isso no primeiro discurso, durante evento na sede do diretório regional, em dezembro do ano passado. Não adiantou muito esbanjar conhecimento.
O que não temos
No começo deste ano, a previsão de déficit do governo do Estado do Rio de Janeiro estava em torno de 10 bilhões de reais. Cairá com o sucessivo crescimento da arrecadação de royalties. A alta do preço do preço do barril do petróleo, passando de 80 dólares, leva otimistas a preverem que o rombo no caixa poderá ser zerado.
Zona de risco
Se João Doria e Geraldo Alckmin não forem vitoriosos em São Paulo, como apontam as pesquisas, o PSDB terá de, temporariamente, pendurar as chuteiras no Estado em que nasceu. Consequência das desavenças num partido cujos líderes gostam de brilhaturas e exercitar a vaidade.
Distantes e próximos
Em 1994, o PT ajudou a eleger o governador Mário Covas, do PSDB, no segundo turno. Uniram-se para derrotar Paulo Maluf. Em 2000, os tucanos fizeram campanha para que Marta Suplicy vencesse a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Outra vez para afastar Maluf da corrida.
Sem objeção
Se o PSDB ficar fora do segundo turno, como indicam as pesquisas, e a opinião de Fernando Henrique Cardoso pesar, Fernando Haddad terá a preferência. Ainda que critique Lula fortemente, FHC define o ex-prefeito de São Paulo, dizendo que “com ele a conversa é mais suave”.
Não é pouco
O processo de delação premiada de Antonio Palocci tem 800 páginas. Seus advogados acreditam que ele passará o Natal em casa. A família, inclusive, já comprou a roupa de Papai Noel para que ele use e distribua presentes na vizinhança.
Corre na frente
Vereadores de Porto Alegre pediram ontem informações ao gabinete do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Está sobre sua mesa projeto de lei para cobrar Imposto sobre Serviços (ISS) de empresas que se utilizam da Internet para oferecer hospedagem.
A cobrança, entre 2 e 5 por cento do faturamento, igualará as condições dos portais virtuais com os hotéis, que recolhem ISS. Numa época de crise nos cofres municipais, a oportunidade não deve ser perdida.
Condição inicial
Naufragou a tentativa do prefeito Nelson Marchezan Júnior de rever a planta de valores dos imóveis de Porto Alegre, aumentando o IPTU durante os próximos quatro anos. A maioria dos vereadores admite conversar sobre novo projeto, desde que o prazo de acréscimo no imposto se estenda por 10 anos.
Desconhecem
A campanha vai chegando ao final e os candidatos não se referem ao custo elevado da ineficiência em setores da gestão pública.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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