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Faz 25 anos que “Esqueceram de Mim”

Cena clássica do filme, em que o personagem Kevin dá um grito após aplicar uma loção pós-barba. Crédito: Reprodução

Faz 25 anos que “Esqueceram de Mim” fez furor nos cinemas, mas o diretor Chris Columbus lembra frequentemente do momento mais icônico do filme. Ninguém esqueceu do grito de Macaulay Culkin com as mãos no rosto. “Literalmente, as pessoas se aproximam de mim na rua hoje fazendo o gesto daquele grito”, diz Columbus.

“Será verdade? É possível que eu tenha esta sorte 25 anos depois? É isso o que o destino me reserva?” E acrescenta que é uma sorte enorme para ele e para o filme, produzido e escrito por John Hughes, que morreu em 2009. “Esqueceram de Mim” catapultou Culkin, então uma criança de apenas 10 anos, para o estrelato e foi o que mais rendeu com a venda de ingressos durante 12 semanas consecutivas. A comédia tornou-se o filme de maior bilheteria de 1990, com 286 milhões de dólares, segundo a consultora Rentrak.

Para assinalar a data, a 20th Century Fox anunciou que estaria relançando o filme favorito do público em salas selecionadas para comemorar seu 25 º aniversário. Acaba de sair um novo DVD com o pacote dos cinco filmes, mais as versões Blu-Ray e HD digital dos dois primeiros. Columbus diz que sabia que tinha algo especial nas mãos enquanto filmava Culkin no papel de Kevin McCallister, esquecido, acidentalmente, pela família ao sair para as férias de Natal. O grito, que acontece quando Kevin aplica a loção pós-barba, foi uma magia inspirada por Culkin, afirma o diretor.

“Estava no script, mas a magia está toda na maneira como Culkin o interpretou. Nós achávamos que ele passaria a loção e a tiraria com as mãos. Mas fez aquela pose como o quadro de Edvard Munch. Tivemos de parar por causa das gargalhadas e assim aquela primeira tomada se perdeu”, lembra.
Joe Roth, diretor da Fox na época, viu o material do dia e imediatamente determinou que as variações daquela imagem seriam usadas para os cartazes do filme e nas promoções, ressalta Columbus. O grito e a história (que se conclui no Dia de Natal) agora são os eternos favoritos de um séquito de fãs devotados. “Todo mundo lembra daquele grito”, afirma o historiador de cinema Leonard Maltin. “Essas coisas não podem ser planejadas ou montadas. Ou elas conquistam as pessoas e produzem esta repercussão, ou não. Esta pegou”, explica.

Além das atuações cômicas, Columbus destaca que os extraordinários acrobatas, no papel dos assaltantes desastrados, interpretados por Joe Pesci e Daniel Stern, merecem o crédito pela indicação para o Globo de Ouro pelo “pastelão”. “No set, não foi nada engraçado, porque, meu Deus, aqueles caras poderiam ter se matado fazendo macaquices sobre os degraus cobertos de gelo”, diz Columbus. “Eu estava tenso atrás da câmera, achando que não conseguiriam levantar depois de cada acrobacia.”

E o filme tem todo aquele elenco inspirado. John Heard e Catherine O’Hara, que fazem papai e mamãe, e John Candy, que é sempre tão engraçado. Isso para não falar de Robert Blossoms, como o vizinho “proibido”, mas que se revela de grande ajuda para Kevin, em um momento decisivo. Face a popularidade tão grande, surgiram histórias que viraram lendas urbanas na internet. Ou você nunca ouviu falar do mistério de como Elvis Presley, que morreu em 1977, aparece no fundo de uma cena, no aeroporto? (AE)

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