Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2015
Se você não dispensa um lanchinho perto da hora de dormir, pode comemorar. Embora muitos digam que o hábito faz mal ao organismo, fazer uma ceia uma hora antes de deitar ajuda a combater a insônia e garantir uma boa noite de sono. No entanto, é preciso escolher os alimentos certos: “Banana, maçã, pera, leite, iogurte e chocolate, por exemplo, contêm triptofano, um aminoácido que estimula a produção do neurotransmissor do prazer, a serotonina, pelo cérebro. Quando estamos mais felizes e relaxados, dormimos melhor”, explica a nutricionista Monica Dalmacio.
A serotonina também equilibra a liberação da melatonina, o hormônio do sono. Segundo a especialista, a liberação natural da substância começa por volta das 21h, com pico às 2h, o que é essencial para um descanso reparador.
Outros alimentos que estão liberados para a ceia são oleaginosas, como castanha de caju e castanha-do-pará. Eles são úteis, inclusive, quando a insônia aparece no meio da noite e a vontade de “assaltar a geladeira” é incontrolável. “Insones podem recorrer a esses alimentos de madrugada para fazer o sono voltar. Nada de café ou coisas gordurosas, muito menos bebidas alcoólicas”, indica Monica.
Guloseimas como brigadeiro ou sorvete, ricas em açúcar e gordura, não são recomendadas para a ceia.
“Não são boas opções porque fazem o corpo liberar muita insulina. O organismo não vai gastar toda aquela energia consumida e isso vai acabar promovendo o ganho de peso”, afirma.
Segundo a nutricionista, dormir e comer estão diretamente relacionados, porque as duas ações dão prazer ao organismo. Por isso, a privação de sono faz com que o corpo queira compensar a satisfação, o que leva a pessoa a sentir mais fome.
Perda de massa muscular.
Café, refrigerantes à base de cola, produtos com guaraná, bebidas energéticas, medicamentos para perda de peso e suplementos estimulantes para malhar devem ser evitados após as 18h, pois atrapalham a síntese de melatonina.
“A não liberação natural do hormônio do sono prolonga a ação do cortisol, que deixa a pessoa “ligada”.
“Um dos efeitos disso é a perda de massa muscular. Quanto mais massa a pessoa perde, menos energia ela gasta. Isso, ao longo de um ano, se reflete em dois a três quilos a menos de músculos e em mais acúmulo de gordura visceral (aumento do volume do abdômen)”, diz a nutricionista. (AG)