A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aguardam a possibilidade de negociar com o Governo Federal o plano de corte de 50% da verba destinada ao Sistema S, pelos próximos três meses, sinalizado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida, que está sendo apontada pelo Governo como parte da alternativa para o enfrentamento da crise causada pelo novo coronavírus, acabaria por aprofundar os problemas enfrentados pelo setor terciário, já que afetaria a prestação de serviços e realização de cursos e eventos voltados aos empreendedores e trabalhadores do comércio de bens e de serviços do Rio Grande do Sul.
A Fecomércio-RS, em sintonia com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que enviou documento ao presidente Jair Bolsonaro, reconhece a importância de medidas que promovam a preservação dos empregos frente aos esforços para conter uma crise de saúde pública. Todavia, como consta na carta enviada ao presidente, a decisão do corte de repasses desconsidera o fato de que 98,2% das empresas de comércio de bens e de serviços são micro e pequenas empresas, que já não contribuem para o Sistema S e não teriam qualquer benefício com esta medida, apesar de serem as mais vulneráveis neste período de redução na circulação de pessoas.
O corte do recurso privado poderia resultar no fechamento de unidades e na demissão de colaboradores. A importância do Sesc e do Senac para o país foi chancelada pela campanha “Trabalho que Valoriza o Brasil” que recolheu, no ano passado, mais de 1,5 milhão de assinaturas em favor do sistema, sendo 150 mil delas de empresários do setor, com mais de 600 manifestações de autoridades em defesa do sistema.