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Banco Central americano reduz juros em 0,5 ponto, no primeiro corte em 4 anos

Chefe da autoridade monetária dos Estados Unidos já havia dado indícios há cerca de um mês de que queda viria. (Foto: Reprodução)

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (18) o corte da sua taxa básica de juros, para a faixa entre 4,75% e 5%. É a primeira redução desde março de 2020.

As apostas para esta diminuição vieram em agosto. Há cerca de um mês, o presidente da autoridade monetária americana afirmou que “havia chegado a hora de ajustar” a política, indicando que um ciclo de queda estava a caminho.

A partir dali, operadores do mercado já apostavam numa queda. A grande dúvida era quanto a magnitude do corte. Até a manhã desta quarta, as apostas do mercado, segundo a pesquisa FedWatch, estavam em 67% para um corte mais agressivo, de meio ponto, enquanto 37% previam um corte mais brando, de 0,25 ponto percentual.

Relevância

A redução da taxa americana era esperada, no início do ano. Mas a resiliência da economia do país fez com que a taxa fosse mantida entre 5,25% e 5,5% por mais tempo. Nos EUA, diferentemente do Brasil, os juro são fixados em uma banda.

Os dados de inflação e emprego divulgados mês a mês, demonstrando uma economia ainda pujante apesar dos juros ainda altos, impediram uma redução mais cedo. A taxa está naquela faixa, no maior patamar desde 2001, desde julho do ano passado.

A alíquota é o balizador de maior importância para investimentos em todo planeta. Como o Tesouro americano é um bom pagador, se os juros pagos por ele estiverem altos, a tendência é que os investidores comprem seus títulos, porque aliam bom retorno e segurança do investimento.

Quando os juros caem, eles fazem o caminho contrário: buscam aplicações que rendam mais do que a taxa de juro americana, drenando o capital para outros mercados, como o Brasil.

“O dólar é visto como uma grande reserva de valor. A moeda é para onde todos os olhos vão para pensar nos preços. É assim porque facilita a vida de todo mundo, deixando as coisas “contáveis”. Então uma mudança no preço do dólar, causada pela taxa de juros, tem implicações no preço de todas as coisas ao mesmo tempo. Por isso ela é tão aguardada e monitorada”, afirma Eduardo Grübler, analista multimercados da AMW, a gestora da Warren Investimentos.

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