Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2022
Representantes do Sistema Farsul divulgaram as informações na casa da entidade no Parque de Exposições Assis Brasil.
Foto: Anna Alves/O SulO Sistema da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul – Farsul – Senar – Casa Rural realizou, na tarde deste domingo (04), um balanço da sua participação na 45ª Expointer. Ressaltando a grandiosidade desta edição, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, afirmou que o produtor rural segue apostando no futuro neste contexto pós-pandemia e, por isso, os números devem superar as expectativas.
“É a maior Expointer de todos os tempos, muito em virtude do crescimento em 37% do agronegócio brasileiro desde a última feira totalmente presencial, em 2019. O Brasil hoje é garantia de alimentação e uma potência ambiental”, comentou.
Com fortes críticas ao governo Lula, Gedeão também destacou a importância política do evento, que contou com a presença do presidente e do vice-presidente da República, além de diversos candidatos. “A esquerda relativiza o direito à propriedade e é a única que vai conseguir trancar o desenvolvimento do setor”, disse o presidente.
Um dos principais gargalos ressaltados foi a falta de qualificação da mão de obra no campo. Segundo o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), Eduardo Condorelli, mais de 11 mil pessoas passaram pelo estande da entidade – a maioria em busca de educação para o uso de produtos agroquímicos. “A maior dificuldade do agricultor não é cumprir a lei, mas sim compreender quais são as suas obrigações”, defendeu.
No âmbito econômico, a necessidade de novos mecanismos de crédito foi levantada pelo economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz: “Um sistema criado na década de 90 não tem como ainda dar conta das demandas do agro, ainda mais com a inflação nos custos de produção, que aumentaram 72%. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já é insuficiente”, finalizou.