Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2022
De acordo com o presidente da Fecolã, a união das Cooperativas e da Federação é fundamental para o fortalecimento do setor.
Foto: DivulgaçãoA Fecolã, em parceria com a Cooperativa de Lãs Mauá, de Jaguarão; com a Cooperativa de Lãs de Quarai (Quaraí), e com a Cooperativa de Lãs Tejupá, de São Gabriel, comemoram o aniversário de 70 anos de cooperativismo laneiro.
Para celebrar a data, estão programados, durante a Expointer 2022, três dias de eventos junto aos produtores, às indústrias e à comunidade. Nos dias 29, 30 e 31 de agosto serão realizadas reuniões e confraternizações com a indústria e os produtores, do setor agropecuário, no estande da Fecolã, localizado na Quadra 35 do Parque de Exposições Assis Brasil, na BR 116, no quilômetro 13, em Novo Esteio.
De acordo com o presidente da Fecolã, Leocádio Bardallo Ledesma, a união das Cooperativas e da Federação é fundamental para o fortalecimento do setor. Segundo ele, cabe à Federação o estímulo às atividades Cooperativistas no Rio Grande do Sul, produção, industrialização e comercialização da lã.
Dessa forma, Leocádio explicou que a Fecolã atua junto aos poderes públicos e instituições privadas para as soluções dos problemas da lã e da ovinocultura, representando e defendendo os interesses de suas filiadas, com a finalidade de apoiar e desenvolver ações e atividades que resultem na manutenção, no desenvolvimento e, na integração social de seus associados.
História
A Federação das Cooperativas de Lã do Brasil foi constituída em 12 de fevereiro de 1952, e está localizada à Rua dos Andradas, 1.137 – 9º Andar – Conj. 902/918, no Centro Histórico de Porto Alegre.
Leocádio explica, ainda, que a ovinocultura no Estado foi sempre uma atividade fundamental para grande parte das propriedades do Rio Grande do Sul, auxiliando na geração de empregos, na produção de carne, lã e peles, tanto para a subsistência como para a comercialização.
Com a retração do consumo mundial de lãs, especialmente após o período pandêmico, além da grande expansão das fibras sintéticas, o presidente da Fecolã explicou que houve queda expressiva dos preços, causando redução do efetivo ovino dos principais países produtores de lã.
“O mercado têxtil em geral permanece difícil, porém algumas tendências positivas estão trabalhando a favor da lã como o preço competitivo, qualidade e natureza”, afirmou, destacando que o caminho da lã é competir pela parcela de mercado. E acrescenta: “por ser uma fibra nobre, a lã deve tornar-se mais competitiva no preço em relação a outras fibras”.
Levando em consideração a preocupação com o meio ambiente, Leocádio acentuou a preferência por produtos naturais, fabricados com o mínimo impacto ambiental possível.
A indústria laneira, disse, tem um grande produto: “é natural, infinitamente versátil e diretamente associado com qualidade”.
Nos tempos atuais, o desafio principal da Fecolã é integrar entidades e criadores para, em conjunto, desenvolver ações capazes de provocar a restruturação da cadeia produtiva da ovinocultura. Talvez seu maior desafio, seja agregar e resgatar o fomento ao segmento da produção de lã, que foi muito expressivo no passado e no meio cooperativismo.