A Feira de Hannover termina nesta sexta-feira (21), na Alemanha, trazendo atualizações sobre os temas de tecnologias industriais emergentes. Apresenta, entre outros destaques, em cinco dias de evento, a continuidade do desenvolvimento em Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas (IoT) e suas aplicações em diferentes sistemas para a automatização de processos de manufatura. São cerca de quatro mil expositores com mais de oito mil produtos e soluções para a indústria em 18 pavilhões repletos de empresas, das menores até as megacorporações globais.
Líder da missão empresarial brasileira em Hannover, o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, representa a CNI na feira alemã. “Vemos aqui importantes atualizações de técnicas de desenvolvimento de redes neurais artificiais, chamadas de treinamento artificialmente acelerado. Em termos práticos, empresas que utilizam sistemas de Inteligência Artificial para a identificação de defeitos de superfícies metálicas ou superfícies pintadas, como já fazem a indústria automotiva e de implementos agrícolas, por exemplo, poderão implementar mais rapidamente seus sistemas de visão computacional para previsão de defeitos”, explica Petry.
Em Hannover, pode-se observar também o uso da rede 5G e da operação em conjunto da IoT, com a formação de uma rede de empresas alemãs para desenvolver padrões de comunicação entre veículos, avançando para a mobilidade autônoma.
Na área de energia, a ênfase em Hannover é dada à renovável, lembra Gilberto Porcello Petry, com empresas de todo o mundo lançando ideias sobre energia digital e transição energética, sugerindo soluções para digitalizar o setor. O monitoramento de perdas de energia já ocorre na Alemanha e será fundamental também para o Brasil, para que haja aumento de eficiência na rede do operador nacional, destaca o presidente da Fiergs. No tema produção neutra em carbono, o objetivo da União Europeia é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 55%, abaixo dos níveis de 1990, até 2030, e ser neutra para o clima até 2050.
Mais de 500 empresas apresentam em Hannover resultados para o uso de hidrogênio na indústria e na mobilidade, tornando a feira uma das plataformas mais importantes no tema, de grande interesse também para a indústria brasileira. Nesta área, a Alemanha mostra seus projetos, compostos por empresas e institutos de pesquisa, dentro da Estratégia Nacional de Hidrogênio. O objetivo é obter os requisitos necessários para embasar as normas e as regulamentações que serão estabelecidas para a produção, armazenamento, transporte e utilização.
A missão a Hannover é coordenada nacionalmente pela CNI, e no Rio Grande do Sul articulada pela Fiergs, por meio do Centro Internacional de Negócios, com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio Grande do Sul (Sebrae-RS).