Com venda direta de frutas por produtores da zona rural de Porto Alegre, a feira de uvas e ameixas tem atraído movimento constante de consumidores no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público (Centro Histórico). O evento prossegue das 8h às 18h até fevereiro, época do fim da colheita.
Em conversa com trabalhadores de algumas bancas, a reportagem do jornal “O Sul” colheu uma dica importante para a qualidade do produto adquirido no local: chegar cedo. “Com o calor dessa época na cidade, o freguês que compra ameixa, por exemplo, tem mais chances de levar frutas ainda melhores se vier pela manhã”, explica uma comerciante.
Ela também explica que a fruta vendida em caixinhas tem procura mais intensa nas versões menores, devido ao preço mais em conta. Por esse motivo, são geralmente as primeiras a se esgotar na banca.
Nesta terça (17) o diretor de Articulação Institucional da Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação Política, Djedah Lisboa, conferiu pessoalmente o movimento de consumidores:
“Disponibilizamos este local como ponto de comercialização para facilitar o acesso da população às frutas que são produzidas muito perto daqui. As pessoas estão valorizando e fomentando a agricultura familiar da nossa capital”.
O gestor estava acompanhado pelo presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre, Cleber Vieira, que destacou a importância desse contato direto entre produtores e consumidores: “Todos saem ganhando. O produtor vende sem intermediários, a um preço mais justo. Já o consumidor compra um produto mais fresco e de melhor qualidade, pois a fruta que vem para a banca é colhida no dia anterior”.
Festa da Uva e Ameixa
No próximo sábado e domingo (21 e 22), será realizado o segundo fim de semana da 31ª Festa da Uva e Ameixa de Porto Alegre, na Praça Nossa Senhora de Belém, bairro Belém Velho (Zona Sul). O evento vai das 9h às 19h com venda de frutas orgânicas e convencionais direto pelos produtores, além da oferta de produtos coloniais e de artesanato.
Expectativa de colheita
De acordo com o Sindicato Rural da cidade, um conjunto de fatores – incluindo o apoio da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação Política (SMGOV) – gera uma expectativa positiva em relação à colheita deste ano.
“Estimamos que sejam colhidas 130 toneladas de uva e 90 toneladas de ameixa nesta safra”, projeta o presidente da entidade, Cleber Vieira. “A produção deve superar em dez toneladas de cada fruta o total registrado na mesma época do ano passado.”
(Marcello Campos)