Quase 82 mil gaúchos já regularizaram sua situação junto aos serviços de crédito por meio do “Feirão Limpa Nome” promovido pela empresa Serasa para negociação de dívidas. Com realização anual, o mutirão começou em 28 de outubro e prossegue até o dia 29 deste mês, com atendimento pela internet, aplicativos ou presencialmente em agências dos Correios de todo o Estado.
Outra alternativa é realizar o procedimento via whatsapp. Basta enviar uma mensagem para (11) 99575-2096 – a ferramenta também permite acompanhar o andamento dos acordos fechados. A iniciativa é nacional, gratuita e permite zerar pendências financeiras em diversos segmentos, com até 99% de desconto.
Como ainda faltam 20 dias para o encerramento das tratativas, a estimativa é de que o número de acordos seja ainda mais expressivo. que conta com o engajamento de mais de mil credores, incluindo lojas, bancos e operadoras de água, luz e telefonia.
Só no Rio Grande do Sul são 23 milhões de casos em aberto, dos quais 5 milhões abrangem consumidores de Porto Alegre. Muitas das propostas envolvem pagamento de no máximo R$ 100 para solucionar a inadimplência. Estas e outras informações podem ser conferidas no site serasa.com.br.
A Serasa (sigla para “Serviços de Assessoria S.A.”) agrega um grande banco de dados sobre a situação financeira dos consumidores. Criada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em 1968, sua função original era padronizar relatórios e formulários, criando uma ficha cadastral única que agilizasse procedimentos do setor.
Ao longo do tempo, porém, acabou se consolidando como uma entidade especializada em proteção ao crédito. Em 2007, o grupo irlandês Experian comprou o controle da empresa, que passou a ser chamada de Serasa-Experian, com atuação no âmbito de pessoas físicas ou jurídicas, garantindo maior fluidez ao sistema financeiro por meio do combate à inadimplência.
Conscientização
Responsável por uma série de restrições e outros transtornos, a situação de inadimplência tem motivado ações voltadas à conscientização para a importância do consumo com responsabilidade. Trata-se de uma orientação antiga, mas que muitos esquecem: não gastar mais do que se ganha.
A questão implica, ainda, em questões ecológicas, já que o consumo desenfreado causa impactos – nem sempre percebidos claramente – ao meio ambiente. Conforme projeções da companhia Global Footprint Network, se a humanidade mantiver o atual padrão de comportamento, serão necessários mais dois planetas como a Terra para dar conta da falta de sustentabilidade.
(Marcello Campos)