Quarta-feira, 26 de março de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Variedades Felicidade vem depois dos 60 anos de idade? Por que idosos são mais felizes do que jovens no Brasil e no mundo, segundo pesquisa

Compartilhe esta notícia:

Estudos no Reino Unido com mais de 300 mil pessoas também já apontaram que o grupo acima dos 65 é o mais feliz.(Foto: Getty Images)

Se você ainda não chegou aos 60 anos, uma nova pesquisa que mede o nível de felicidade das pessoas traz duas notícias, uma ruim e uma boa.

A ruim é que há uma estrada de mais insatisfação na sua frente. Mas a boa é que, uma vez nos 60 anos, seu nível de felicidade pode chegar a um patamar que você não vivenciou antes.

A pesquisa inédita Ipsos Happiness Index 2025, que entrevistou quase 24 mil pessoas com até 75 anos em 30 países, aponta os 60 anos como a idade mais provável de se ter uma virada no nível de satisfação com a vida.

Os resultados corroboram com a chamada “curva em U” que costuma aparecer em índices que medem a felicidade da população no mundo. Isso é: começamos a vida adulta mais felizes, ficamos mais insatisfeitos à medida que envelhecemos, mas voltamos a ser mais felizes ao nos tornarmos idosos.

“Você chega aos 60 hoje em dia muito diferente do que você chegava 30 anos atrás”, diz o estatístico Rafael Lindemeyer, diretor de clientes na Ipsos.
“Sua capacidade de levantar da cadeira, de viver a vida aos 60 anos é muito maior do que era. Com isso, você tem ainda uma plenitude para poder viver bem por muito tempo bem.”

A pesquisa mundial considerou, no Brasil e em outros países com nível de renda semelhante, apenas pessoas a partir da classe média. Ou seja, entre os brasileiros, apenas pessoas a partir da classe C, com renda familiar de R$ 3,4 mil ou mais.

As classes A, B e C hoje representam mais da metade (50,1%) da população do Brasil, segundo uma pesquisa recente da Tendências Consultoria.

Como mostra a própria pesquisa Ipsos, a falta de dinheiro é o principal motivo que contribui para a infelicidade das pessoas.

Isso quer dizer, segundo especialistas com quem a BBC News Brasil conversou, que, caso as pessoas mais pobres fossem incluídas, provavelmente os índices de felicidade seriam menores em todas as faixas.

“Para quem não tem as necessidades básicas atendidas, é muito mais difícil falar de felicidade”, avalia a palestrante e consultora Renata Rivetti, que se especializou nos últimos anos em estudos da felicidade.

“A gente tem que falar como incluir uma camada da sociedade que está sendo excluída de algo que deveria ser um direito básico, que é a felicidade.”

No ranking global da Ipsos, os países em que mais pessoas entrevistadas se disseram felizes são: Índia, Países Baixos (Holanda), México, Indonésia e Brasil.

Já os mais infelizes estão na Hungria, Turquia, Coreia do Sul, Japão e Alemanha.

Mas, diante do grupo pesquisado e das pesquisas que já se debruçaram sobre o tema, o que explica essa felicidade “tardia” na vida?

A felicidade depois dos 60

Nos corredores e no palco da Cúpula Mundial da Felicidade (Wohasu), encontro de especialista no assunto que aconteceu neste mês de março, em Miami, nos EUA, os palestrantes insistiram que a felicidade está principalmente relacionada a uma “vida com sentido”, relata Renata Rivetti, após participar do evento.

E esse sentido é mais encontrado em sua plenitude após superada a chamada “crise da meia-idade”, após os 40 anos, diz a especialista.

“Quando a gente chega numa maturidade, a gente começa a encontrar o que de fato faz a gente feliz, começa a ter clareza do que a gente é, não quer mais impressionar tanto os outros e cria mais senso de pertencimento e de conexão.”

Na resposta à pergunta “você diz que está: muito feliz, feliz, não muito feliz ou nada feliz?” feita pela Ipsos, 75% dos maiores de 60 responderam que está muito feliz ou feliz, sete pontos percentuais a mais do que as pessoas na faixa dos 50 e três pontos a mais do que os na casa dos 20.

Estudos no Reino Unido com mais de 300 mil pessoas também já apontaram que o grupo acima dos 65 é o mais feliz. Há um declínio nessa satisfação, porém, após os 80.

Entre os “felizes”, os principais motivos para esse estado de humor (e para os bons resultados dos 60+), segundo a Ipsos, foram o “meu relacionamento com a família”, “sentir-se amado” e “estar em controle da própria vida”. Entre os “infelizes”, contam mais, além da situação financeira, a saúde mental e física.

Nessa equação, o economista Daniel Duque, pesquisador no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) explica que a pressão do mercado de trabalho sobre os maiores de 60 anos costuma diminuir, o que abre espaço para os outros fatores que levam à felicidade. As informações são do portal G1.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Variedades

Sete ajustes de segurança para proteger seu WhatsApp
Sete aplicativos de Android e iPhone mais baixados de todos os tempos
https://www.osul.com.br/felicidade-vem-depois-dos-60-anos-de-idade-por-que-idosos-sao-mais-felizes-do-que-jovens-no-brasil-e-no-mundo-segundo-pesquisa/ Felicidade vem depois dos 60 anos de idade? Por que idosos são mais felizes do que jovens no Brasil e no mundo, segundo pesquisa 2025-03-22
Deixe seu comentário
Pode te interessar