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Felipão se reinventa, ganha títulos e continua na ativa aos 75 anos

Depois daquela derrota, ele retornou ao Grêmio, time com o qual teve uma sequência de títulos na década de 1990. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Campeão do mundo em 2002 com a Seleção Brasileira, mas profundamente marcado como comandante no 7 a 1, Luiz Felipe Scolari prosseguiu normalmente a carreira, com os altos e baixos da vida de técnico. Atualmente está parado, mas, aos 75 anos, ainda tem disposição para aceitar desafios.

Depois daquela acachapante derrota, ele retornou ao Grêmio, time com o qual teve uma sequência de títulos na década de 1990. Sem conseguir repetir o bom desempenho, pediu para sair em menos de um ano.

Felipão, então, partiu para a China, onde conseguiu levar o Guangzhou Evergrande a um patamar vitorioso. Foram três Superligas Chinesas, duas Supercopas da China, uma Liga dos Campeões da AFC, a Confederação Asiática de Futebol, e uma Copa da China em três anos. Ficou por lá até o fim de 2017.

De volta ao Brasil, levou o Palmeiras, outro clube com o qual tem grande afinidade, ao título brasileiro em 2018 e foi eleito melhor treinador da temporada. No fim do ano seguinte, 2019, foi demitido.

Após uma pausa, Felipão foi para o Cruzeiro no final de 2020. O time havia sido rebaixado à Série B e não apresentava sinais de melhora. Com o treinador, apesar de não conquistar o acesso, o Cruzeiro evitou novo rebaixamento.

Em 2022, Felipão, pela primeira vez, assumiu duas posições: treinador e diretor técnico do Athletico Paranaense. Levou o clube à final da Libertadores e à sexta posição do Brasileirão daquele ano. No fim do ano, anunciou aposentadoria como técnico.

Porém, voltou atrás no meio de 2023 e assumiu a o Atlético-MG. O contrato iria até o fim deste ano, mas Felipão foi demitido em março, antes da decisão do Campeonato Mineiro. Desde então, está à espera de propostas.

No ano passado, ao ser perguntado sobre a derrota mais dolorosa da carreira, Felipão citou o 7 a 1 sofrido contra a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo de 2014.

“Perdemos. Mas parece que no dia, que. perdeu fui eu. No dia que ganhou em 2002, foi o Brasil”, desabafou o treinador. O que aconteceu? Perdemos. A vida continua. É buscar sempre um objetivo novo”, declarou.

Quando perguntado sobre a maior alegria, Felipão não escolheu o penta como o preferido.

“É muito bom ser campeão mundial, mas passou. Eu não tenho um título em especial. O mais especial é sempre o próximo”, disse.

Sobre o momento do Brasil, cercado de desconfianças após insucessos recentes, Felipão foi categórico.

“Não é fácil conseguir que uma Seleção, de um dia pra outro, tenha os resultados que a gente quer. Porque o único resultado que interessa pro Brasil nesse momento é ser campeão mundial. E não é esse o único resultado. Nós temos que formar o grupo”, disse o treinador pentacampeão do mundo.

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