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Geral Youtuber diz que vai ajudar a pagar multa de artistas que violarem decisão da Justiça eleitoral

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Apesar de decisão do TSE, artistas continuaram se manifestando politicamento no festival. (Foto: Reprodução)

O youtuber Felipe Neto afirmou nas redes sociais que vai ajudar os artistas que descumpriram a decisão de um ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que proibiu atos políticos no Lollapalooza, a pagarem a multa de 50 mil reais. Além disso, segundo o influenciador, os advogados do grupo “Cala Boca Já Morreu”, que ajudou a criar, vão contribuir na defesa daqueles que decidiram ir contra a decisão.

“Artistas no Lolla, Muitos não podem lidar com perseguição do governo. Caso sejam perseguidos por se posicionarem, nosso movimento ‘Cala Boca Já Morreu’ se dispõe a ajudá-los com a defesa. Se alguém for condenado e precisar, eu ajudo a pagar essa multa ilegal”, escreveu o influenciador.

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, acionou o TSE no sábado, após a cantora Pabllo Vittar levantar, durante o show que fez no evento, uma bandeira com a foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na decisão, o ministro do TSE Raul Araújo entendeu que “a manifestação exteriorizada pelos artistas durante a participação no evento, tal qual descrita na inicial, e retratada na documentada anexada, caracteriza propaganda político-eleitoral”.

Pelo despacho de Araújo, fica proibida “a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival”, sob pena de multa de R$ 50.000,00 por ato de descumprimento.

No entanto, a decisão do ministro, foi encarada por muitas pessoas, inclusive juristas, como censura, e acabou ensejando a manifestação de outros artistas durante o festival.

A empresa T4F Entretenimento, organizadora do festival Lollapalooza, recorreu da decisão do ministro Raul Araújo, do TSE, que proibiu “manifestação de propaganda eleitoral ostensiva”. Os advogados pediram que ele reconsidere a liminar que deu ou, ao menos, leve o recurso para ser analisado pelo plenário da Corte. A T4F entrou com recurso apesar de não ter sido notificada ainda oficialmente, pois a representação feita pelo PL junto ao TSE identificou uma empresa errada.

Além de Pabllo, que entoou “Fora, Bolsonaro” em seu show, outros artistas se manifestaram contra o presidente da República em suas apresentações, entre eles o rapper Emicida, a cantora Marina e a banda Detonautas.

O rapper Emicida também xingou Bolsonaro em sua exibição e convidou os jovens com idade entre 16 e 18 anos a tirar o título de eleitor. Ele fez coro aos gritos da plateia atacando o presidente.

Crítico declarado de Bolsonaro, o vocalista Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, discursou sobre a pandemia e política. Enquanto era exibida a foto do presidente no telão, a plateia xingou o chefe do Executivo, com respaldo da banda.

O Planet Hemp iniciou sua apresentação que encerra o Lollapalooza, em show que homenageou Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters que morreu recentemente, com falas que fizeram referência a decisão do TSE de proibir manifestações políticas no festival. “Hoje ele não vai fazer a narrativa. Hoje é sobre Taylor Hawkins, sobre Chorão, sobre Chico Science. Hoje, Sabotage. Hoje, ele não. Hoje isso aqui é sobre amor”, disse o vocalista Marcelo D2, antes da banda começar a tocar “Samba Makossa”, acompanhado de uma foto de Chico Science no telão.

No show de encerramento do festival Lollapalooza, o músico Criolo compareceu com uma camiseta com uma mensagem política de incentivo ao voto. Ao ser chamado ao palco, convidado pelo rapper Emicida, que substitui a banda Foo Fighters, ele exibiu a roupa, que tinha uma urna eletrônica na parte da frente e os dizeres “Vote” nas costas.

Enquanto Criolo exibia a camiseta, o público respondeu com ofensas a Bolsonaro. Ao longo deste domingo, último dia do festival, outras manifestações semelhantes aconteceram nas apresentações musicais.

A banda Fresno voltou com a agenda de shows do Lollapalooza neste domingo (27), após uma interrupção pela chuva. No Autódromo de Interlagos, a banda convidou Lulu Santos para cantar “Já Faz Tanto Tempo”, faixa conjunta. Apesar dos avisos do TSE, Lulu resolveu trazer à tona a temática política: “Como disse Cármen Lúcia, ‘cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu’”, disse.

A banda, então, puxou “Toda Forma de Amor”, com algumas alterações na letra, de forma ao casal não ser necessariamente um homem e uma mulher.

Mais cedo no show, a Fresno gritou “Fora Bolsonaro”, contra o presidente, e a tela piscou com a mesma frase escrita no telão durante alguns minutos.

Lulu saiu do palco dizendo “Censura, nunca mais”. Lucas Silveira, vocalista da Fresno, emendou um apelo ao público, pedindo para todos votarem nas eleições presidenciais de 2022. Acrescentou: “A gente vai conseguir, tá começando a mudar.” As informações são do jornal O Globo.

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