O clima de volta às aulas já surge na casa de muitas famílias pelo Brasil. No entanto, naquelas onde moram os alunos do colégio O Bom Pastor, em São Luís (MA), chegou um comunicado um tanto quanto polêmico, com a já tradicional lista de material didático necessário para o ano letivo da criançada.
No informe, além dos materiais cotidianos, há uma seção com a solicitação de apoio pedagógico, que traz jogo da memória, bambolê e dominó. De repente, surge um trecho que solicita, separadamente por sexo, um kit de ferramentas (para meninos) e um kit de cozinha ou cabeleireiro (para meninas).
Nas redes sociais, a reação de muitas pessoas foi de repúdio ao comunicado. Tia de um aluno de 3 anos do colégio, Caroline Poupette desabafou: “Absurdo! Meu sobrinho de 3 anos estuda lá e já está cheio dessas ideias ‘boneca é de menina, boneco é de menino. Mulher não joga bola’. E eu tentando mudar esse forma dele de pensar, dizendo que não é assim e explicando, mas parece que eles incrustam essas ideias na criança!”.
Colégio O Bom Pastor enviou uma nota oficial sobre o ocorrido. “O modo como a lista de materiais fora organizada, em momento algum pressupõe juízo de valor institucional no que tange a tratamento particularizado de gênero, tampouco reflete preconceito”, diz certo trecho da nota.