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Saúde Férias: psicólogos apontam caminhos para afastar seu filho de telas e joguinhos

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Contra o uso excessivo das telas, planejamento de rotina offline.

Foto: Nijieimu/Adobe Stock
Contra o uso excessivo das telas, planejamento de rotina offline. (Foto: Nijieimu/Adobe Stock)

No período das férias, os pais enfrentam o desafio de lidar com o enorme tempo livre dos filhos. As telas estão facilmente acessíveis, e é difícil regular essa relação. Para ajudar nisso, dois psicólogos, responderam às dúvidas que fervilham na mente dos pais sobre como fazer a mediação do uso de celular, redes sociais, YouTube; qual o tempo recomendável para cada faixa etária e até como impor limites quando o filho reage com agressividade ao fim do tempo estipulado.

“Durante as férias, é importante que os responsáveis estabeleçam regras claras sobre o uso de telas. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de, no máximo, 1 hora de uso para crianças de 2 a 5 anos. O tempo deve ser aumentado de acordo com a idade, mas o limite máximo sugerido para adolescentes é de 3 horas por dia”, afirma Cindy Morão, professora da pós-graduação no HCX FMUSP, vinculado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Entretanto, a tarefa se torna complicada, especialmente quando não há muitas atividades disponíveis. “Pais e responsáveis precisam ter bastante organização e planejamento para estabelecer uma rotina prazerosa offline. Sempre que possível, o uso de telas deve ser intercalado com essas atividades, como a prática de exercícios físicos e outras atividades criativas, como artesanato e culinária. Pesquisas mostram que o equilíbrio entre o uso de telas e atividades offline é fundamental para um desenvolvimento cognitivo e emocional adequado”, completa Cindy.

Já Marcelo Santos, professor de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, defende: “Não hesite em fazer a mediação; ela é necessária, afinal, envolve a segurança do seu filho”. Além de estabelecer limites de tempo de uso, ele ressalta a importância de definir os locais onde esses aparelhos serão utilizados, enfatizando que não é adequado o uso em quartos fechados ou à mesa durante as refeições.

Ele ressalta que o adolescente gosta de ficar sozinho, mas pode não ter toda a capacidade crítica e, por isso, ser vítima de situações problemáticas na internet. “Ajudar os jovens a desenvolver habilidades digitais, um olhar crítico e uma avaliação consciente do conteúdo que aparece nas redes sociais também é fundamental”, acrescenta.

“Embora a internet possa parecer inofensiva, ela está repleta de armadilhas e perigos. Você deve servir de exemplo e demonstrar que há tempo livre para outras atividades, que não sejam eletrônicas. Não adianta exigir comportamento se você mesmo não pratica o que prega e não se controla em relação ao tempo de uso e à frequência”, fala o psicólogo.

Quando a criança ou o adolescente reage com agressividade ao término do tempo estipulado, ele sugere “evitar negociações, principalmente porque é importante reafirmar sua autoridade, que é diferente de autoritarismo. Tente convencer a criança ou o adolescente de que o que foi acordado deve ser cumprido, para impedir que haja manipulação em relação à sua autoridade.

Marcelo acrescenta que, se o filho está acostumado a passar mais tempo em frente às telas, ele provavelmente tentará negociar para permanecer online: “Ofereça alternativas, como jogos de tabuleiro, atividades interativas ou passeios.”

De olho, sem invadir

Cindy Morão ressalta que reações agressivas podem ocorrer, mas podem ser minimizadas com empatia, consistência e diálogo. “Estudos mostram que crianças lidam melhor com frustrações e conseguem se autorregular mais facilmente quando seus pais mantêm a calma e oferecem suporte emocional”, afirma.

Ela também observa que recursos como o compartilhamento familiar permitem que os pais monitorem o tempo de uso de tablet e celular e os aplicativos utilizados, ao mesmo tempo em que respeitam a privacidade dos filhos: “Um diálogo aberto, em que se expliquem os perigos da internet, fortalece a confiança e reduz a necessidade de intervenções invasivas.”

(Estadão Conteúdo)

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