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Variedades Fernanda Torres chora ao relembrar trajetória até “Ainda Estou Aqui”: “Sinto que é o filme da minha maturidade como atriz”

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Fernanda Torres na casa da Urca onde foi gravado "Ainda estou aqui". (Foto: Reprodução)

Fernanda Torres deu um depoimento emocionado à produtora Daniela Thomas, que também integra a equipe de “Ainda estou aqui”, filme de Walter Salles e escolha brasileira para concorrer ao Oscar. Numa sala vazia, na casa da Urca onde o filme foi gravado como se fosse a residência de Rubens Paiva e sua família no Leblon, a atriz foi às lágrimas ao recordar sua trajetória até a escolha para o filme e a participação com sua mãe, Fernanda Montenegro, do projeto considerado especial.

“Foi uma experiência bem funda, de muito tempo, pelo tempo que demorou e pela dificuldade que foi. E ainda, junto com isso, tem o negócio da minha mãe. Eu e a mamãe de vez em quando a gente faz umas coisas juntas. E costumam ser coisas especiais, é estranho (Fernanda chora), bem estranho. E esse filme eu sinto que é o filme da minha maturidade, assim… Como atriz mesmo. Eu espero que a gente tenha sido digno da história dessa mulher. Espero que a gente não tenha traído ela com um melodrama barato”, declarou a atriz, que vive Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva.

No início do vídeo, a atriz e escritora lembra como foi a conversa com Walter Salles, num café, e conta que não imaginava que o convite do diretor seria para a protagonista de um filme:

“Eu achei que ele ia me chamar para escrever alguma coisa… Eu também achei que, quanto mais para o Walter, eu já tinha pecado demais depois de três anos de Vani (de “Os normais”), cinco anos de “Tapas e beijos”… Achei que minha carreira como atriz num filme do Walter já estava sepultada, entendeu? E aí Walter me chama…Isso perto da cópia recuperada do filme ‘Terra estrangeira’, que eu fui ver no cinema e quando saí abracei ele tão emocionada, assim… Porque o ‘Terra’ nos fundou. No ‘Terra estrangeira’ (de 1995, de Salles e Daniela Thomas), Walter descobriu como ele gostava de filmar. Dei aquele abraço emocionado no Walter. E dali a duas semanas ele me chama para meio recuperar aquela pessoa que eu era lá atrás. O último filme que eu tinha feito assim tinha sido ‘Casa de areia’, de 2006, quase 20 anos atrás eu não trabalhava com uma matéria de cinema sensível”.

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