Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2025
Brasil, presente! Fernanda Torres, Selton Mello e Walter Salles passaram pelo tapete vermelho do Globo de Ouro 2025, que aconteceu na noite desse domingo (5), no The Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles (EUA), com os produtores Rodrigo Teixeira e Maria Carlota Bruno. A brasileira de 59 anos venceu o prêmio de Melhor Atriz de Filme de Drama por “Ainda estou aqui”, e o longa disputou como Melhor Filme de Língua Não Inglesa, mas perdeu para a produção francesa “Emilia Peréz”.
Lindíssima, Fernanda usava um vestido Olivier Theyskens couture e joias do brasileiro Fernando Jorge, enquanto Selton usava um smoking Zegna e Waltinho um terno alinhado.
“Ainda estou aqui” já levou mais de 3 milhões de pessoas aos cinemas e conta a história de Eunice Paiva, vivida por Fernanda quando mais nova e por Fernanda Montenegro na velhice. Mãe de cinco filhos, ela passou décadas lutando para que o Estado brasileiro reconhecesse a morte de seu marido, Rubens Paiva. Ex-deputado, ele foi preso, torturado e morto por agentes da Aeronáutica em 1971 e seu corpo nunca foi encontrado.
O filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, um dos filhos de Eunice – ela teve Alzheimer e morreu em 2018. “Ainda estou aqui” marca a volta de Walter Salles à direção de longas-metragens após 12 anos e teve sua première mundial no 81º Festival de Cinema de Veneza.
O filme “Ainda estou aqui” já conquistou mais de 3 milhões de espectadores nos cinemas e retrata a história de Eunice Paiva, uma mulher que dedicou décadas de sua vida para lutar pelo reconhecimento da morte de seu marido, Rubens Paiva, ex-deputado e militante político, que foi preso, torturado e morto por agentes da Aeronáutica em 1971.
O corpo de Rubens nunca foi encontrado, e sua morte, um marco da repressão militar durante a ditadura, nunca foi oficialmente reconhecida pelo Estado brasileiro. A interpretação de Eunice é feita por Fernanda Torres, ainda jovem, e por Fernanda Montenegro, que interpreta a personagem na velhice, trazendo uma carga emocional profunda ao longa.
A trama é baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice, que também foi uma das figuras centrais na luta pela verdade sobre o desaparecimento de seu pai. A história de Eunice e Rubens Paiva é marcada pela dor, resistência e a busca incessante pela justiça, elementos que reverberam não apenas no contexto familiar, mas também no cenário político do Brasil. Eunice, que também enfrentou o Alzheimer, faleceu em 2018, deixando um legado de coragem e persistência.
A produção também marca o retorno de Walter Salles à direção de longas-metragens após 12 anos, desde seu aclamado “Linha de Passe” (2008). O filme teve sua estreia mundial no 81º Festival de Cinema de Veneza, recebendo elogios pela sensibilidade com que aborda um tema tão delicado para a história recente do Brasil.
O Globo de Ouro 2025 foi um momento de relembrar a importância do cinema nacional no cenário internacional. A presença de Walter Salles, conhecido também por suas produções como “Central do Brasil” (1998), que rendeu à Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, reforça o impacto duradouro que o cinema brasileiro tem no mundo.
“Central do Brasil”, um marco do cinema nacional, ainda é lembrado como um dos maiores sucessos internacionais do Brasil, tendo conquistado a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e outras distinções importantes.