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Economia Governo federal anuncia aumento de R$ 0,47 no imposto sobre a gasolina; alta no etanol será de R$ 0,02

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Como a Petrobras reduziu a gasolina em R$ 0,13 por litro, a expectativa do governo é que o impacto a ser sentido pelo consumidor será de R$ 0,34

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Os impostos podem subir ainda mais em julho, pois voltarão a ser praticadas as alíquotas originais. (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

Após reuniões e impasses entra a ala política e a ala econômica sobre o tema, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) detalharam nessa terça-feira (28) como será a volta dos impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol a partir desta quarta (1º). Segundo Haddad, a reoneração será de R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,02 para o etanol.

Conforme o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ou seja, os impostos podem subir ainda mais em julho, pois voltarão a ser praticadas as alíquotas vigentes antes da desoneração, que são maiores.

A decisão final caberá ao Congresso, que vai analisar a medida provisória (MP) e pode mudar o texto, afirmou Barreirinhas.

Menor impacto

Haddad disse que o valor percebido pelo consumidor será menor já que a Petrobras anunciou mais cedo que reduzirá os preços de gasolina e diesel para as distribuidoras. “Estamos com um objetivo claro, que é recompor o orçamento público”, afirmou o ministro.

Ele explicou que, como a Petrobras reduziu a gasolina em R$ 0,13 por litro, o impacto final a ser sentido no bolso pela população será de R$ 0,34 para a gasolina.

Vale destacar que a cadeia distributiva tem liberdade para praticar preços, por isso, o valor de fato praticado pelos postos de gasolina ao consumidor final pode variar.

Ainda de acordo com o titular da Fazenda, o diesel e e gás de cozinha continuam isentos de impostos federais até o fim do ano, conforme previsto na medida provisória editada pelo governo em janeiro.

Reoneração parcial

No caso da gasolina e do etanol, a decisão do governo foi de uma reoneração parcial, pois, caso houvesse um retorno integral a cobrança dos impostos federais, o impacto por litro seria de R$ 0,69 no caso da gasolina e de R$ 0,24 no caso do etanol. Os impostos federais que voltarão a ser cobrados são o PIS e a Cofins, explicou Barreirinhas. No caso da Cide, uma contribuição, ela permanecerá zerada até o fim do ano.

Haddad disse que a redução dos impostos federais foi uma medida eleitoreira do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que só foi estendida por Lula porque havia rumores de um golpe de Estado e a reoneração poderia inflar atos golpistas.

GNV

Com relação ao gás natural veicular (GNV) e o querosene de aviação civil, combustíveis que estavam previstos para serem reonerados a partir de 1º de março, Haddad afirmou que eles permanecerão desonerados até o fim do ano. O ministro não explicou o motivo.

Novo imposto

Para preservar a arrecadação, já que a reoneração dos impostos foi parcial, o governo vai criar um imposto sobre exportação de petróleo cru, informou Haddad. A alíquota será de 9,2%. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o novo imposto será positivo para incentivar o refino de petróleo dentro do Brasil.

A expectativa é que o novo imposto arrecade R$ 6,7 bilhões nos quatro meses em que ficar em vigor. Ele incide sobre empresas exportadoras de petróleo bruto do país, entre eles, a Petrobras. Esse imposto terá duração de quatro meses. Depois, caberá ao Congresso decidir se o tributo vai continuar ou deixar de existir.

Isso porque as mudanças serão feitas por MP, que tem validade imediata assim que publicada no Diário Oficial da União, mas precisam ser validadas pelo Congresso em até 120 dias, caso contrário, perdem a eficácia.

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