Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2022
FHC afirmou que o resultado das prévias do PSDB deve ser respeitado
Foto: Renato Araujo/Agência BrasilO ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu a postura de João Doria (PSDB) sobre a manutenção da pré-candidatura do ex-governador de São Paulo à Presidência da República pelo partido.
Neste domingo (15), Doria enviou uma carta ao presidente da sigla, Bruno Araújo, na qual subiu o tom ao reafirmar que não vai desistir da candidatura e indicou que poderá judicializar a situação, caso seja abandonado pela legenda.
“Agiu bem o candidato João Doria. Ressaltando que o resultado das prévias deve ser respeitado”, disse FHC. Em março, o ex-presidente já tinha manifestado apoio a Doria por conta das disputas internas.
Após a divulgação da carta, Araújo convocou uma reunião da Comissão Executiva Nacional do PSDB para debater as afirmações do ex-governador. Em um dos trechos da carta, Doria pede a Araújo que respeite a vontade dos filiados do partido que participaram das prévias que o definiram como o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto. Ele derrotou o ex-governador gaúcho Eduardo Leite.
“Solicitamos que você [Bruno Araújo] respeite o estatuto do PSDB e a vontade democraticamente manifestada pela ampla maioria dos 30 mil eleitores do nosso partido”, afirmou Doria.
“Qual foi a nossa surpresa ao saber que, apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe continuaram acontecendo? As desculpas para isso são as mais estapafúrdias, como, por exemplo, a de que estaríamos mal colocados nas pesquisas de opinião pública e com altos índices de rejeição, cinco meses antes do pleito”, declarou o ex-governador no documento.
Segundo Doria, as pesquisas de opinião “refletem o momento” e não podem “servir para guiar os destinos” do PSDB nas eleições nem o voto dos eleitores.
Apesar de ter realizado as prévias, o PSDB mantém contato com outras legendas, como MDB e Cidadania, a fim de construir uma candidatura única de centro ao Palácio do Planalto, que tem sido chamada de “terceira via”.