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Armando Burd Ferroada no bolso

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O aumento do IPTU em Porto Alegre está próximo da aprovação. (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O aumento do IPTU em Porto Alegre está próximo da aprovação. Levantamento feito ontem à tarde mostrou que o placar era de 16 vereadores a favor e 16 contrários ao projeto que aumenta o valor cobrado atualmente. O Executivo sairá vitorioso se chegar a 19 votos. Outros quatro, do total de 36, não se decidiram.

As galerias da Câmara estavam vazias, demonstrando que a população não se sensibilizou com a possibilidade de desembolsar, em média, 30 por cento a mais do que pagou este ano. Falta aprender com as mobilizações de corporações.

Na corrida

O Executivo foi estrategista. Retardou ao máximo o envio do projeto do novo IPTU à Câmara Municipal que terá de votar até a próxima quarta-feira para entrar em vigor a 1º de janeiro de 2018. O vereador Roberto Robaina espetou, dizendo que o prefeito Nelson Marchezan passou o primeiro semestre criando conflitos como cortina de fumaça e, no último momento, atropelou com o tarifaço.

Pouco tempo

A vereadora Fernanda Melchionna foi à tribuna para denunciar que só ontem recebeu o anexo com 430 páginas que detalha os aumentos pretendidos. O prazo é muito curto para analisar. A mesma opinião tem outros 15 vereadores que se recusam a votar no escuro, sem saber com exatidão qual será o reflexo no bolso dos contribuintes.

Mesmo modelo

O governo do PSDB ressuscitou o projeto do imposto progressivo, apresentado na gestão do prefeito Tarso Genro, e que foi derrotado em 2001.

Permuta

As bancadas do PDT e do PMDB acreditam que exista um acordo do Executivo com o PT. Em troca do apoio ao aumento do IPTU, o prefeito Marchezan retiraria da pauta os projetos que causarão prejuízos a conquistas dos servidores municipais.

Vão adiando

Há 51 projetos, que passaram por todas as comissões, na fila de votações da Assembleia Legislativa. O mais antigo é do deputado Adão Villaverde, que trata da destinação dos resíduos sólidos pelos órgãos da administração pública estadual. Começou a tramitar de 2010.

Saída rápida

Reportagem publicada ontem pelo jornal inglês The Guardian afirma que brasileiros envolvidos em escândalos de corrupção estão comprando imóveis em Portugal para obter vistos permanentes de moradia no País.

Como se Interpol não existisse desde 1923 para capturar fugitivos em qualquer lugar.

Aqui não pega

Prefeitos começam a bater na porta de deputados estaduais com cópia da lei esdrúxula aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Livra integrantes do primeiro escalão em municípios de multas aplicadas pelo Tribunal de Contas e cujos valores variam de 1 mil a 4 mil reais.

Motivo da indignação

Em uma roda de empreendedores e economistas, ontem à noite, o assunto era a crise financeira do governo estadual. Ao final da conversa, a constatação: o Rio Grande do Sul tem vocação da grandeza. É preciso apenas não impedir que se realize. A conclusão: sucessivas gestões empurraram demais a locomotiva ladeira abaixo.

Em 1967 quer o fim do “Excelência”

Amanhã serão assinalados 50 anos da inauguração do Palácio Farroupilha, sede da Assembleia. Na área existia o Auditório Araújo Vianna, transferido para o Parque Farroupilha. O projeto do novo prédio da Praça da Matriz foi idealizado pelos arquitetos paulistas Gregório Zolko e Wolfgang Schoeder, vencedores de concurso nacional.

Novos tempos

Quando a professora pediu ao aluno para escrever a palavra ética no quadro, ele se apressou: “Mas roubaram o giz…”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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