Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2022
De volta ao Palácio do Planalto após 12 anos, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deverá tomar posse no dia 1º de janeiro com uma grande festa, com direito a dois palcos e telões espalhados pela Esplanada dos Ministérios. O planejamento feito por integrantes do PT prevê que as apresentações comecem a partir do meio-dia.
Petistas afirmam que diversos artistas tem se colocado à disposição para viajar a Brasília (DF) para participar do evento. Durante a campanha eleitoral do presidente eleito, cantores como Mart’nália, Chico Buarque, Sandra de Sá, Caetano Veloso, Luisa Sonza, Chico César e Zélia Duncan se engajaram a favor da candidatura de Lula.
As apresentações artísticas só serão interrompidas para exibir a cerimônia institucional que é dividida em três momentos: no Congresso, onde o presidente toma posse efetivamente, uma cerimônia no Palácio do Planalto, de troca de faixa, e a recepção e cumprimentos de chefes de Estado e delegações estrangeiras que ocorre no Itamaraty.
Um dos pontos ainda em discussão pelo grupo que organiza a posse é se o presidente eleito subirá em algum dos palcos na Esplanada, ou aparecerá apenas na rampa e no parlatório do Palácio do Planalto.
Uma parte do PT quer que as comemorações comecem antes mesmo da posse, na noite do dia 31 de dezembro, emendando a festa de Reveillón com a de posse. O argumento é que muitos petistas já estarão na cidade na data.
Na última terça-feira (22), uma reunião na sede nacional do PT, em Brasília, contou com a participação de movimentos sociais e integrantes dos partidos políticos que apoiam Lula para discutir detalhes da posse. O encontro foi coordenado pelo ex-ministro Gilberto Carvalho, que será o braço direito da futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, na organização. A mulher de Lula será a coordenadora do evento e já teve uma reunião presencial com o grupo quando esteve na capital federal na semana retrasada.
Uma das ideias discutidas nesse encontro foi ornamentação da Esplanada com bandeirolas com as cores do Brasil mescladas com o vermelho do PT. O partido também discute recepcionar militantes que viajarem a Brasília nas rodovias, rodoviárias e aeroportos com orientações sobre horários e locais da festa.
“Uma das grandes questões é como receber tanta gente, arrumar lugares para essas pessoas possam ficar acolhidas. A rede hoteleira está quase tomada”, afirma Carvalho.
O partido pretende solicitar passe livre de transporte público em Brasília, pedir uso de áreas públicas para acampamentos, escolas, além de incentivar que militantes do PT hospedem quem viajar a Brasília para a posse.
Ainda não há posição oficial do Palácio do Planalto sobre quem entregará a faixa presidencial a Lula, a organização aguarda um comunicado do atual governo para definir como será esta solenidade. A aliados, Bolsonaro afirmou que não irá transmitir o símbolo a Lula.
Petistas afirmam que não há dificuldade de interlocução com Congresso, Itamaraty e Palácio do Planalto sobre a discussão dos protocolos da cerimônia e que os detalhes das solenidades estão sendo cuidados pelo embaixador Fernando Igreja. A segurança da posse está segundo discutida com o governo do Distrito Federal.
“Estamos fazendo todo circuito de relações para começar o processo de posse. Nesse momento iniciamos contatos para a trabalhar em cima de programação das atividades. Queremos um clima de festa, celebração, estamos discutindo o formado das apresentações que terão presença grande de artistas. Até semana que vem deve definir formato”, afirma o secretário nacional de cultura do PT, Marcio Tavares.