Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de agosto de 2024
Presidente da Fetransul, Francisco Cardoso, junto de lideranças estaduais em noite de debates, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Foto: Thales Silva/Especial O SulUma noite de muita conversa e de debates sobre os rumos do Rio Grande do Sul foi o que ocorreu na Casa da Rede Pampa na Expointer, na sexta-feira (30). Para o jantar, estiveram presentes lideranças políticas do Estado, além de representantes dos setores de seguros e do transporte e logística, como a presidência da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (Fetransul).
Mesmo sem um stand na feira agropecuária, o presidente da Fetransul, Francisco Cardoso, falou sobre a importância de estar presente na 47ª edição do evento. “A gente está aqui apoiando os setores do agro, da pecuária, porque são nossos clientes, são embarcadores. Então nós fazemos essa presença institucional na Expointer”, explica.
Ele reforçou o impacto da feira deste ano – popularmente chamada de Expointer da retomada – para o setor. “O transporte rodoviário de cargas é afetado se a economia também é afetada. Então, se nós sentirmos, a partir da Expointer, uma retomada, isso também vai ser transferido ao transporte rodoviário de cargas. Então, nós estamos torcendo muito para que o Rio Grande do Sul possa voltar a crescer a partir desta feira”, ressalta.
Efeitos da enchente
A área de logística foi afetada diretamente com a tragédia das enchentes, por conta dos diversos bloqueios de rodovias, quedas de pontes, alagamentos de pátios de estacionamento, entre outras adversidades. Cardoso revelou um pouco de como tem sido a atuação da Fetransul para amenizar as perdas. “A nossa ação foi buscar recursos de linhas de crédito do banco BNDES para que a gente pudesse cumprir com nossas obrigações de pagamento de impostos, folhas de pagamento e seguir operando. Foram essas as ações que a gente priorizou neste momento”.
“Quando nós sofremos os efeitos da enchente, foi prioridade para o nosso setor fazer o transporte solidário de doações de todo o Brasil, foram quase 4 mil caminhões envolvidos. É claro que, como outros setores da indústria e comércio, o setor de transporte rodoviário de cargas foi atingido, tivemos perdas de caminhões, sedes, mas principalmente muitos funcionários que perderam suas casas. Então, até hoje estamos sentindo isso”, relembra o presidente.
A recuperação tem sido lenta, segundo o líder do setor. Entretanto, Cardoso revela esperança para os próximos meses. “O faturamento caiu, nossos clientes também tiveram uma queda de faturamento, então acho que está muito em linha com a economia do Rio Grande do Sul. Mas a gente espera que nos próximos meses a gente possa recuperar já os volumes anteriores da enchente”, projeta o presidente da entidade.
A Fetransul foi fundada em Porto Alegre em 1991, por decisão dos cinco sindicatos de empresas de transporte rodoviário de cargas do Rio Grande do Sul. O Setcergs (Porto Alegre), o Setcesul (Pelotas), o Sindibento (Bento Gonçalves), o Sivecarga (Caxias do Sul) e o Sindisama (Santa Maria) implantaram a federação para viabilizar que os transportadores gaúchos tivessem uma maior representatividade no setor e pudessem ter voz e voto na Confederação Nacional do Transporte (CNT).