Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 15 de fevereiro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Se a escolha do presidente Jair Bolsonaro fosse hoje, não tinha para ninguém: o indicado para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) seria o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria Geral da Presidência. Ele orienta Bolsonaro na área jurídica há mais de uma década, e são amigos. Se o ministro não é “terrivelmente evangélico”, como prefere Bolsonaro, reza no evangelho do presidente. Advogado experiente, Jorge Oliveira se aposentou como major da PM do Distrito Federal.
Subchefia dá sorte
Antes, Jorge Oliveira foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, de onde o ministro Dias Toffoli saiu para STF, que preside atualmente.
Ele é o cara
Bolsonaro já manifestou sua opção por Jorge Oliveira em pelo menos três ocasiões, durante conversas com ministros do Planalto.
Proteção contra fogo
O presidente não cita publicamente Jorge Oliveira como opção para o STF para não expor o ministro a processo de “queimação”.
Coincidência
Se nomeado, Jorge Oliveira vai virar ministro do STF aos 46 anos, quase a idade do dono da vaga Celso de Mello ao ingressar no STF.
Quadrilha no Detran/DF cancelou 50.000 multas
A Policia Civil do Distrito Federal investiga 9 servidores e terceirizados suspeitos de vários crimes, inclusive formação de quadrilha, em um esquema de cancelamento de multas no Detran/DF. O próprio Detran pediu a investigação e estima que ao menos 50.000 multas foram “derrubadas”. A expectativa é que a Polícia Civil denuncie o esquema à Justiça, solicitando inclusive a prisão dos envolvidos já identificados.
Esquema criminoso
A quadrilha procurava motoristas multados e ofereciam o “serviço” em troca do pagamento de um percentual do valor da multa.
Assédio de vigaristas
Com faturamento superior a meio bilhão de reais em multas e tarifas, o Detran/DF tem sido alvo do assédio de organizações criminosas.
‘Mistério’ investigado
O Detran/DF também investiga o “mistério” das faixas no asfalto, que apagam rapidamente. A Polícia Civil está periciando até as tintas.
Palhaçada
A Defensoria Pública obteve na Justiça ordem de banho quente para presos de São Paulo, alegando que água fria é “tortura”. Palhaçada, dirão com razão famílias de bem que não têm banho quente em casa.
Conluio investigado
O Ministério Público Federal investiga a brecha malandra, aberta pela “agência reguladora” Anac, para algumas empresas aéreas cobrarem a mala de mão. A Anac não proíbe a cobrança pelo uso do bagageiro.
Quase brasiliense
Quase ambientada em Brasília, a atriz Regina Duarte tem jantado com assessoras no restaurante Oscar do Hotel Brasília, que homenageia o arquiteto Niemeyer. Jatares sempre regados… a água mineral.
Estrela na posse
O presidente do Brasil é o dignitário estrangeiro mais aguardado em Montevidéu, dia 1º, na cerimônia de posse do novo presidente. Ao cumprimentar Luis Lacalle Pou pela vitória, Bolsonaro prometeu ir.
Dez mil mortes a menos
Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, o Brasil registrou o menor número de assassinatos desde o início da série histórica, em 2007, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Agora vai?
O deputado Dudu da Fonte (PP-PE) diz ter enviado ao presidente Bolsonaro solicitação de contratação de veterinários para compor equipes de Saúde da Família para combater o… coronavírus (!?).
O problema continua
A CCJ do Senado analisa projeto autorizando telefônicas a entregar dados de rastreamento dos celulares de consumidores à Justiça. Mas nada propõe contra essas empresas que nos rastreiam sem licença.
Aliado gringo
Embaixador do Reino Unido, Vijay Rangarajan foi ao Rio Grande do Norte debater energia renovável. Com foco na eólica, o estado pode ter no diplomata aliado no combate ao lobby das distribuidoras na Aneel.
Perguntar não é assédio
Hans River era confiável como fonte da denúncia de “impulsionamento ilegal” de Bolsonaro, mas mente quando diz que trabalhou para o PT?
PODER SEM PUDOR
Derrota estava escrita
Na campanha presidencial de 1989, o dono da Gradiente, Eugênio Staub, promoveu um encontro entre Mário Covas e empresários da Zona Fanca de Manaus. Covas estava animado com a repercussão do discurso sobre “choque de capitalismo”, redigido por Jorge Serpa a pedido de Roberto Marinho. A certa altura, Covas pregou “profundas mudanças” na legislação da Zona Franca, tudo o que os empresários presentes não desejavam ouvir. José Serra, que acompanhava o candidato tucano, cutucou Covas: “Não dá para ganhar eleição com tanta sinceridade…” Ele abandonou o tema, mas perdeu mesmo assim.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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