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Rio Grande do Sul Fiergs alerta que a falta de dragagem no Guaíba pode levar à paralisação do Polo Petroquímico de Triunfo

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As indústrias do Polo Petroquímico de Triunfo preveem paralisação total da navegação em 30 dias. (Foto: Divulgação)

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) encaminhou uma carta ao governo federal reforçando com veemência que a dragagem dos pontos críticos do Guaíba é uma necessidade imediata. “Não há mais tempo! É urgente que se encontrem caminhos para agilizar o início das obras da dragagem, principalmente nos canais do Furadinho, das Pedras Brancas e da Feitoria, onde já foram registrados encalhes de navios”, alerta a correspondência assinada pelo presidente da Fiergs, Claudio Bier.

A correspondência foi enviada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa; ao ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho; ao ministro Extraordinário para Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta; ao superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no RS, Hiratan Pinheiro da Silva; ao diretor-geral do DNIT, Fabricio de Oliveira Galvão, e ao diretor de Infraestrutura Aquaviária do DNIT, Erick Moura de Medeiros.

A Fiergs propõe que se estabeleça um volume máximo de dragagem para esta contratação emergencial, e que a partir disso sejam liberadas as obras nos três canais mencionados, com prioridade para o canal Furadinho. “A situação se agrava diariamente e impacta em limites operacionais e de estocagem que podem levar à paralisação das operações do Polo Petroquímico de Triunfo”, reforça, acrescentando que a interrupção das operações na hidrovia geraria efeitos econômicos devastadores não apenas no Polo Petroquímico, mas em toda a cadeia produtiva vinculada a ele, especialmente em um momento “tão sensível para o Rio Grande do Sul”.

Segundo a carta, as indústrias do Polo Petroquímico de Triunfo preveem paralisação total da navegação em 30 dias caso não seja feita dragagem com a maior urgência possível. “A hidrovia gaúcha é parte essencial da atividade econômica do estado, comportando um intenso fluxo de produtos químicos, fertilizantes, madeira, celulose e gás liquefeito de petróleo (GLP)”. A FIERGS salienta que apenas a Braskem, principal empresa do Polo de Triunfo, é responsável por 4,5 mil empregos diretos e indiretos, além de responder por uma contribuição bilionária em tributos.

Para a Fiergs, portanto, não há tempo hábil para a realização dos referidos processos de contratação dos serviços de diagnóstico para posterior contratação dos trabalhos de dragagem e medidas devem ser tomadas imediatamente.

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