Poucas horas depois de ser aprovado pelo Congresso, o projeto que autoriza a liberação de um crédito suplementar de R$ 1,1 bilhão para o MEC (Ministério da Educação), sendo R$ 702,5 milhões para o Fies (Financiamento Estudantil), foi sancionado pelo presidente da República em exercício, Rodrigo Maia.
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), compareceu pessoalmente ao plenário da Câmara, a fim de garantir apoio para votar a proposta, que passou de forma simbólica (sem o registro de votos). A discussão do crédito para o Fies havia sido adiada por duas vezes por falta de quorum.
Em razão disso, o governo já atrasou em três meses os repasses para as instituições de ensino superior cadastradas no programa. Universidades reclamavam que isso inviabiliza seu funcionamento e a manutenção de estudantes que utilizam o financiamento público para cursar o nível superior.
Desta vez, os parlamentares da base aliada se mobilizaram para participar da sessão conjunta. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também atuou para garantir a presença dos deputados e senadores e ainda ajudou o Palácio do Planalto ao anunciar a inversão de pauta para votar a proposta logo após a manutenção de três créditos presidenciais.
Parlamentares da base e da oposição se dividiram em plenário em discursos favoráveis ao projeto. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) destacou que o crédito também vai contemplar recursos para a realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – cerca de R$ 400 milhões do total de créditos serão destinados para as provas dos dias 5 e 6 de novembro.
Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez questão de ressaltar que a oposição sempre foi favorável ao projeto, ao contrário do que teriam sugerido integrantes da base aliada de Temer. (AE)