Sábado, 14 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2024
Conhecida por seus papéis em novelas como “Totalmente Demais” (2015) e “Tempo de amar” (2017), Olívia Torres agora brilha no cinema. A atriz está em cartaz no aclamado “Ainda estou aqui”, de Walter Salles. No filme, ela vive Maria Beatriz, a Babiu (na fase adulta), uma das filhas de Eunice, personagem de Fernanda Torres. “O set era todo muito mágico. Estar ali, tanto com a Nanda quanto com o Walter, foi especial”, diz ela.
A atriz destaca um aspecto marcante da produção: o longa foi filmado em ordem cronológica, o que trouxe uma dinâmica especial para o set: “Foi doido. Ensaiaram a primeira fase, depois filmaram; aí a gente chegou, todo mundo da segunda, para ensaiar, e só então filmamos. Ficamos envolvidos no projeto por um período muito longo. Tem uma cena em que eu e o Antonio Saboia estamos olhando fotos da família numa caixa. A Nanda se divertiu nos bastidores porque aquelas fotos eram uma memória também para ela. De momentos felizes que ela teve no set, com o Selton (Mello). Ouvir as histórias dela me alimentava muito”, conta a atriz.
Além de “Ainda estou aqui”, Olívia é protagonista de “Continente”, de David Pretto, longa que chega domingo ao catálogo do Globoplay, e grava o filme de terror “Privadas de suas vidas”. “Também vou filmar, no ano que vem, uma série em que fiz parte da equipe de roteiro e outra como produtora de set. Sou aquela que não para nunca”.
Depoimento
Fernanda Torres deu um depoimento emocionado à produtora Daniela Thomas, que também integra a equipe de “Ainda estou aqui”, filme de Walter Salles e escolha brasileira para concorrer ao Oscar. Numa sala vazia, na casa da Urca onde o filme foi gravado como se fosse a residência de Rubens Paiva e sua família no Leblon, a atriz foi às lágrimas ao recordar sua trajetória até a escolha para o filme e a participação com sua mãe, Fernanda Montenegro, do projeto considerado especial.
“Foi uma experiência bem funda, de muito tempo, pelo tempo que demorou e pela dificuldade que foi. E ainda, junto com isso, tem o negócio da minha mãe. Eu e a mamãe de vez em quando a gente faz umas coisas juntas. E costumam ser coisas especiais, é estranho (Fernanda chora), bem estranho. E esse filme eu sinto que é o filme da minha maturidade, assim… Como atriz mesmo. Eu espero que a gente tenha sido digno da história dessa mulher. Espero que a gente não tenha traído ela com um melodrama barato”, declarou a atriz, que vive Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva.
No início do vídeo, a atriz e escritora lembra como foi a conversa com Walter Salles, num café, e conta que não imaginava que o convite do diretor seria para a protagonista de um filme:
“Eu achei que ele ia me chamar para escrever alguma coisa… Eu também achei que, quanto mais para o Walter, eu já tinha pecado demais depois de três anos de Vani (de “Os normais”), cinco anos de “Tapas e beijos”… Achei que minha carreira como atriz num filme do Walter já estava sepultada, entendeu? E aí Walter me chama…Isso perto da cópia recuperada do filme ‘Terra estrangeira’, que eu fui ver no cinema e quando saí abracei ele tão emocionada, assim… Porque o ‘Terra’ nos fundou. No ‘Terra estrangeira’ (de 1995, de Salles e Daniela Thomas), Walter descobriu como ele gostava de filmar. Dei aquele abraço emocionado no Walter. E dali a duas semanas ele me chama para meio recuperar aquela pessoa que eu era lá atrás. O último filme que eu tinha feito assim tinha sido ‘Casa de areia’, de 2006, quase 20 anos atrás eu não trabalhava com uma matéria de cinema sensível”. As informações são dos jornais Extra e O Globo.