Na 65ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta terça-feira (10), policiais federais prenderam Márcio Lobão, filho do ex-senador Edison Lobão, do Maranhão. Ambos são suspeitos de estarem envolvidos em esquemas de corrupção que envolvem a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e outras empresas como a Transpetro, subsidiária da Petrobras. A nova fase da Lava Jato também cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, junto com auditores da Receita Federal.
Conforme a Polícia Federal (PF), são investigados os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro através de pagamentos de vantagens indevidas. O ex-senador Lobão, que foi ministro de Minas e Energia de 2011 a 2014, está entre os suspeitos de receber propina. Os suspeitos teriam recebido cerca de R$ 50 milhões em propina da Odebrecht entre 2008 e 2014, calculou o Ministério Público Federal (MPF). Outros 40 contratos, que somados chegam ao valor de R$ 1 bilhão, são investigados nesta fase da Lava Jato.
O MPF relatou que o dinheiro era entregue em espécie a um escritório de advocacia ligado à família Lobão, no Rio de Janeiro. Os recursos eram lavados através da compra e venda de obras de arte e de imóveis, da simulação de empréstimos familiares e da movimentação de valores em contas abertsa em noves de empresas offshore.
No período das transações, o patrimônio de Márcio Lobão aumentou em mais de R$ 30 milhões. O pedido de prisão do filho do ex-senador foi feito devido a “fortes evidências” do envolvimento dele em diversas operações de lavagem de dinheiro, que continuam a ser praticadas em 2019, conforme apontou o MPF.
A defesa de Márcio Lobão informou que tratam-se de fatos antigos e que a defesa sempre se prontificou a auxiliar no trabalho dos órgãos de Justiça.