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Filho de Lula se enrola para explicar contratos

Segundo a revista Época, Luís Cláudio teria sido evasivo ao justificar serviços de 2,5 milhões de reais (Foto: Reprodução)

Em depoimento à Polícia Federal, o filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Cláudio da Silva, teria tido dificuldade para explicar os serviços que prestou para receber 2,5 milhões de reais de um escritório de advocacia que tem como sócio um ex-vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos), Mauro Marcondes.

Segundo a revista Época, que teve acesso ao depoimento de Luís Cláudio, no início deste mês, os depósitos foram feitos em 2014 e 2015. Os pagamentos foram feitos ao filho de Lula, por meio de sua empresa LFT, a título de consultoria técnica e assessoria de marketing esportivo. A LFT, porém, não tem qualquer funcionário além do próprio Luís Cláudio.

No depoimento, ele teria sido evasivo ao explicar suas qualificações para a atividade e, supostamente, disse aos investigadores que a empresa teve somente dois clientes até hoje: o Corinthians (time de Lula) e o escritório de advocacia de Marcondes.

Já o advogado de Luís Cláudio disse que seu cliente já prestou todos os esclarecimentos solicitados às autoridades. Também negou a informação de que seu cliente não havia feito nenhum projeto parecido com os descritos nos contratos.

No dia 26 de outubro, Marcondes foi preso pela Operação Zelotes da PF (Polícia Federal), que investiga a “compra” de MPs (medidas provisórias). Semanas antes, o jornal O Estado de S. Paulo havia noticiado que o advogado era suspeito desse tipo de crime, entre 2009 e 2013, para favorecer montadoras com incentivos fiscais. (AG)

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