Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 23 de junho de 2019
A arma usada para matar o pastor Anderson do Carmo, marido da deputada Flordelis, custou R$ 8 mil, segundo investigadores da Polícia Civil. De acordo com os policiais, a pistola foi comprada pelo filho adotivo Lucas, dois dias antes do assassinato, no último domingo (16), em Niterói, Região Metropolitana do Rio.
A investigação apontou que Lucas deu R$ 3 mil e o irmão Flávio, que confessou ter atirado no pastor, pagou os R$ 5 mil restantes.
Lucas negou e disse que apenas indicou onde comprar a arma sem saber para que seria usada.
Os dois cumprem prisão temporária de 30 dias por homicídio qualificado. Flávio, de 38 anos, é filho biológico de Flordelis e foi preso durante o enterro do pastor. Ele já tinha um mandado de prisão por violência doméstica.
Lucas, de 18 anos, que é adotado, foi preso na casa onde o pastor foi morto. Quando era menor, ele se envolveu com tráfico de drogas.
A Polícia agora quer saber se Flávio foi o único a disparar. Ele afirmou ter dado seis tiros no padrasto. O corpo do pastor, no entanto, tinha 30 perfurações, segundo a perícia feita no IML. Lucas não estava na casa no momento do crime.
Depoimento
A deputada federal Flordelis disse que irá à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo para prestar depoimento sobre a morte do pastor Anderson do Carmo nesta segunda-feira (24).
“Embora, como parlamentar, a deputada tenha a prerrogativa de escolher o dia e o local do depoimento, ela decidiu aceitar o convite nos termos formulados pela polícia, porque tem o interesse de colaborar com as investigações”, esclareceu, por meio de nota, a assessoria de Flordelis.
De acordo com a assessoria, a deputada prestará esclarecimentos como testemunha da morte do marido. Na sexta (21), a delegada Bárbara Lomba disse que todas as pessoas que estavam na residência da família na hora do crime são consideradas suspeitas e serão ouvidas.
Investigada
A polícia apura se o assassinato do pastor Anderson do Carmo teve mais de uma motivação, além de questões familiares, como revelou a delegada Barbara Lomba.
Todas as pessoas que estavam na casa no dia do crime estão sendo investigadas, inclusive a deputada Flordelis, segundo os investigadores.
“Não podemos descartar ninguém que estava próximo da cena do crime. Provavelmente, a motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família, mas não se sabe de que natureza. Tudo indica que tem relação com as relações familiares, quem convivia com a vítima”, disse a delegada.
Na quinta-feira (20), a Justiça aceitou o pedido de prisão temporária dos filhos do casal Lucas dos Santos e Flávio dos Santos Rodrigues pela morte de Anderson. Os dois eram apontados como os principais suspeitos e já tinham sido presos no início da semana por possuírem mandados de prisão por outros crimes.
Flávio dos Santos confessou o crime e disse ter dado seis tiros no padrasto. Ele disse ainda que irmão Lucas ajudou a comprar arma usada no crime.